A candidata pseudo “comunista” Jeannette Jara venceu as eleições primárias do bloco governista chileno liderado por Gabriel Boric, neste último domingo, obtendo 60,31% dos votos, com 98,27% das seções eleitorais apuradas. Jara, representante do Partido Comunista, que integrou o governo neoliberal de Gabriel Boric como Ministra do Trabalho e Previdência Social, representará a coalizão burguesa “Unidade pelo Chile“ nas eleições presidenciais que serão realizadas no próximo 16 de novembro.
A trairagem política de Jeannette vem de longe no Chile e não se distingue muito dos seus pares Sociais Democratas da América Latina, como Lula e Petro, utilizam o “fantasma” do suposto perigo da volta da direita folclórica para descarregar a agressiva plataforma da Governança Global do Capital Financeiro sobre as massas.”Diante da ameaça da extrema direita, respondemos com unidade, diálogo e esperança”, declarou a “comunista”, a queridinha dos rentistas do Fórum de Davos.
Jara, é uma advogada de 51 anos, que já possui um histórico como burocrata estatal no governo Social Democrata da ex-presidente Michelle Bachelet, quando atuou como Subsecretária de Previdência Social, na elaboração da famigerada contrarreforma das aposentadorias dos funcionários públicos.
Esta é a primeira vez desde a transição pactuada do fim do regime militar pinochetista em 1990, em que o Partido Comunista Chileno conseguiu indicar um candidato de suas fileiras para encabeçar a aliança burguesa de centro-esquerda na disputa pelo Palácio de la Moneda. Agora Jeannette surge como o nome preferencial das corporações econômicas imperialistas, no sentido de dar continuidade ao governo neoliberal do presidente Gabriel Boric. Os “Partidos comunistas” da América Latina, incluindo o PCB, que de Marxistas Leninistas não tem absolutamente nada, estão todos eufóricos com a possibilidade de uma reformista ser a nova gerente de negócios do Estado burguês chileno.