O acordo de um cessar-fogo, anunciado inicialmente por Donald Trump, foi finalmente admitido pelo Irã, após uma série de comunicados contraditórios por parte do regime dos Aiatolás. É um roteiro político-militar repetido e já encenado por Israel com muito sucesso no Líbano, quando o Hezbollah aceitou a suposta trégua e continuou a ser bombardeado pelo exército sionista até minar as forças da Resistência Guerrilheira . A diferença agora é que o Irã estava em melhores condições militares do que o Hezbollah, sufocando as defesas sionistas que estavam à beira de um colapso.
Enquanto o bufão Republicano convocava a mídia internacional para afirmar que “conseguiu uma paz duradoura no Oriente Médio”, o tenente-coronel Ebrahim Zolfaghari, comandante da Guarda Revolucionária, relatou nesta mesma terça-feira que o enclave sionista atacou centros no território da República Islâmica do Irã em três etapas até as 9h de hoje. Esta ação criminosa israelense ocorreu poucas horas após terem assassinado mais um cientista nuclear iraniano na sua residência em Teerã.
Na tarde de hoje um comunicado oficial do Mossad revelava para a comunidade sionista qual é o verdadeiro objetivo da suposta trégua: “Um cessar-fogo como esse não impede a guerra… mas convida ao próximo confronto da Judeia e Samaria (Cisjordânia invadida), dos árabes de “Israel” (leia-se os territórios palestinos ocupados em 1948), do Sinai e talvez de lugares inesperados”. Se depois de ler essa nota “cifrada” do mais bem preparado organismo terrorista da Governança Global do Capital Financeiro, algum apologista do “Sul Global” ainda insistir em embarcar na canoa trumpista da “paz mundial e regional”, é porque não passa de um idiota útil ao enclave de Israel.