APRESENTAÇÃO: DEFENDER UM NOVO MUNDO MULTIPOLAR OU DERROTAR A NOVA ORDEM MUNDIAL DO CAPITAL FINANCEIRO COM A REVOLUÇÃO SOCIALISTA?
Quando Lenin formulou cientificamente o conceito marxista de “Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo”, em 1916 portanto antes da Revolução Bolchevique de 17, não o fazia partindo do “zero”, sintetizou uma teoria já acumulada por grandes mestres da então esquerda Social Democrata, porém mais do que um novo conceito, Lenin abstraiu uma nova etapa histórica que se abria na humanidade: O Imperialismo, pior inimigo dos povos e principal entrave para a revolução socialista mundial!
Passados mais de um século e uma nova guerra mundial, que nem Lenin e Trotsky puderam acompanhar o seu desfecho, o imperialismo assumiu uma nova forma, ainda mais sofisticada e complexa para o deslinde da esquerda revolucionária, estamos falando obviamente dos Marxistas Leninistas e não dos reformistas que se passaram de malas e bagagens para o campo político da própria contrarrevolução imperialista. Sendo bem objetivo, depois da II Guerra, os vários “imperialismos”, Britânico, Francês, Italiano, Japonês, Alemão e o próprio Ianque, se fundiram na base do “fogo da guerra” pela hegemonia do mercado global ”, em um só. Mas não se tratava do surgimento de um novo “super imperialismo norte-americano”, o grande vitorioso do conflito mundial. Aliás a caracterização da possibilidade da existência de um “superimperialismo”, levantada por Karl Kautsky, foi duramente criticada por Lenin como uma “simplificação grosseira da realidade”.
A vitória ianque na Grande Guerra esmagou militarmente sua principal ameaça pela hegemonia do mercado mundial capitalista, que nem de longe era a Alemanha nazista, financiada pelos próprios norte-americanos para debilitar paulatinamente o poderio econômico do Reino Unido sobre a Europa. Estamos falando do imperialismo japonês, que na “ousadia” de atacar o território ianque na Costa do Pacífico, infringindo uma humilhação ao Pentágono, sofreu o mais duro revés já visto na história moderna, tendo suas cidades arrasadas pela debutante e aterradora bomba atômica. Com esse movimento genocida os EUA encerra a Guerra Mundial, entrega a URSS a tarefa de liquidar o que ainda restava do nazismo no leste europeu, e assume a gerência direta de três ex-Estados nacionais imperialistas: Japão, Alemanha e Itália, que passam a ter na OTAN/Pentágono suas Forças Armadas. É o germe inicial da Governança Global do Capital Financeiro, porém existiam ainda os debilitados “semi-imperialismos” inglês e francês (já subjugados pelos EUA) e a potência econômico e militar da União Soviética. A ameaçadora permanência da URSS no cenário internacional, onde as corporações financeiras foram expulsas durante os 18 anos da “Era Brezhev“, exigiu que o ambicioso projeto da Governança do Capital Financeiro em controlar politicamente os governos nacionais sofresse um atraso considerável.
Com o fim da chamada “Guerra Fria” nos anos 90, e a destruição contrarrevolucionária dos Estados Operários(incluindo a restauração capitalista “controlada” na China) , cai a última fronteira para a Governança Global assumir o controle político de todas as economias e Estados capitalistas do planeta, desde os EUA, Europa, passando pela gigante China e até chegar a belicosa Rússia. Entretanto este fenômeno da dinâmica de acumulação do capital planetário nas mãos de um punhado de rentistas e suas corporações transnacionais, já não possuía mais uma identidade exclusivamente nacional, como no pós guerra. Era o nascedouro de uma Governança Global apátrida, que necessariamente não falava somente o idioma inglês, e que “batia continência” somente aos interesses de um pequeno clube de investidores do mercado financeiro, e principalmente que se sobrepunha até mesmo aos governos imperialistas, como por exemplo o da Casa Branca.
A pandemia do coronavírus deixou essa nova etapa histórica bem clara. Planejada globalmente no ano de 2019, em um “evento internacional ”(Event 201), pelo Fórum Econômico Mundial(Fórum de Davos), determinou os novos rumos da economia capitalista mundial, na tentativa de salvá-la de um colapso iminente. Qualquer governo que colocasse uma mínima barreira ao controle sanitário da produção, sob o absurdo pretexto de evitar a contaminação do planeta, deveria ser “neutralizado” e depois removido, obviamente com uma maquiagem institucional. Assim ocorreu com o “resistente” Trump, cercado desde o interior da Casa Branca, pelo pseudo “cientista” Antony Fauci, homem de total confiança do Fórum Econômico de Davos. De Jinping até Putin, este último em guerra contra a OTAN, todos receberam massivo fluxo de capital financeiro para “instalar” uma pandemia em seu país, produziram vacinas com o dinheiro do Fórum de Davos e as consumiram e exportaram para o mundo, mas principalmente seguiram rigidamente os protocolos do Controle Sanitário da Produção, impondo bloqueios sociais e o reacionário “terror pandêmico”. Era a sedimentação final da Nova Ordem Mundial, implantada pela governança Global do Capital Financeiro.
Os neoliberais governos direitistas de Trump, Boris e Bolsonaro que se “queixaram” das restrições, embora seguindo fielmente as orientações da OMS(apenas um braço “científico” do Fórum de Davos/Bigpharma), foram varridos por meio de processos de fraude política imposta pela governança Global, isso porque para o Clube de Bilderberg, ou sua face pública o Fórum de Davos, pouco importa a coloração “ideológica” dos gerentes nacionais, a única questão que tem validade para os rentistas financeiros que controlam o planeta, é a acumulação do seu capital. Não por acaso é o dito Partido Comunista Chinês, um dos “servos” mais disciplinados da Governança Global.
Como a Governança Global do Capital Financeiro é apátrida, não tem fidelidade com nenhuma nação específica, pode atuar tranquilamente em dois fronts de uma mesma guerra ou conflito militar regional, financiando as duas gerências. Assim ocorre atualmente nos confrontos bélicos na Ucrânia e também na tensa arena de Taiwan.
Os Marxistas Leninistas logicamente devem se guiar pelos interesses históricos do proletariado mundial, devem aproveitar cada “rachadura” na sólida(mas não invencível) parede da Governança Global, sempre estimulando o confronto com o inimigo mais nocivo para a classe operária internacional. Neste sentido nos opomos frontalmente a ilusão reformista de “construir um novo mundo multipolar”, onde a Governança Global assumiria um caráter neutral diante das aspirações nacionais dos países e governos. Esse cretinismo pacifista poderá semear derrotas significativas para as massas e conceder una sobrevida para a agonizante economia capitalista.
Os Trotskystas, somos partidários da Revolução Socialista Mundial, ou seja a guerra de classes, o que significava concretamente preparar o proletariado para assumir o controle total das nações, impulsionando cada derrota local da Governança e de seus gerentes estatais fantoches, principalmente o que ainda se “entroniza” no que restou da herança na vitória militar da II Guerra Mundial, o imperialismo ianque!
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
AS ORGENS DA PANDEMIA
CAPÍTULO 2
MEDO DA POPULAÇÃO E MANIPULAÇÃO DO MERCADO ACIONÁRIO, “CASSINO” EM FESTA
CAPÍTULO 3
FECHAMENTO E CONFINAMENTO, A PARALISAÇÃO PARCIAL DA ECONOMIA
CAPÍTULO 4
A GOVERNANÇA GLOBAL DO RENTISMO E SUAS CORPORAÇÕES FINANCEIRAS
CAPÍTULO 5
GOVERNANÇA GLOBAL E O ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO
CAPÍTULO 6
CAPITALISMO FINANCEIRO SEM PÁTRIA E INTERESSES NACIONAIS
CAPÍTULO 7
A PANDEMIA É UM “BOTE SALVA VIDAS” LANÇADO PARA UMA ECONOMIA CAPITALISTA QUE SE AFOGA EM CRISE TERMINAL: É A NOVA ORDEM MUNDIAL DO FASCISMO SANITÁRIO
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CAPÍTULO 1
AS ORGENS DA PANDEMIA
O mundo todo está sendo enganado sobre as reais causas e consequências da crise sanitária, ou melhor dito, da pandemia deflagrada pela OMS e seguida por todos os países, inclusive os que tinham governos “negacionistas” de extrema-direita, como o Brasil e os EUA. Por mais espasmos alegóricos contra a longa “quarentena social”, Trump, Modi, Jonhson e Bolsonaro não moveram uma palha (além dos discursos inócuos para quem tem o controle de um governo central), para anular as orientações gerais da OMS em seus países. Mas porque? Que poderosa “força oculta” estaria acima inclusive da Casa Branca neste planeta?
A crise é marcada por uma “emergência” de saúde pública sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde (OMS) que serve de pretexto e justificação para desencadear um processo global de reestruturação econômica, social e política do modo de produção capitalista, em uma etapa de esgotamento de suas contradições entre a produção e a circulação (fluxo) financeira mundial.
O que está acontecendo não tem precedentes na história mundial. Cientistas de prestígio apoiam o confinamento sem questionar, apresentando-o como uma única “solução” para uma emergência de saúde global. Há muita documentação mostrando que as estimativas de COVID-19, incluindo mortalidade, são altamente manipuladas. Foram criadas plataformas de algoritmos exclusivamente para a projeção estatística de mortos, sem qualquer relação com o que estava se passando nos hospitais do mundo todo. A mídia corporativa global, também pela primeira vez na história, trabalha de forma altamente centralizada para espalhar o pânico na população, com um noticiário dedicado exclusivamente aos óbitos por três meses consecutivos.
Em 30 de janeiro de 2020, o Diretor Geral da OMS determinou que o surto de coronavírus representava uma “Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional” (PHEIC). A decisão foi tomada com base em 150 casos confirmados fora da China, os primeiros casos de transmissão pessoa a pessoa: 6 casos nos Estados Unidos, 3 casos no Canadá, e 2 no Reino Unido.
O Diretor-Geral da OMS teve o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, Big Pharma e do Fórum Econômico Mundial (WEF). Não por coincidência a decisão da OMS de declarar uma emergência global foi tomada paralelamente ao Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, Suíça (21 a 24 de janeiro).
Um dia depois (31 de janeiro) do lançamento da “emergência global” da OMS, o governo Trump anunciou que impediria a entrada de estrangeiros “que viajaram para a China nos últimos 14 dias”. De repente, ocorreu uma crise no transporte aéreo, no comércio entre a China e os Estados Unidos, bem como na indústria do turismo. A Itália fez o mesmo, em 31 de janeiro cancelou todos os voos para a China. A primeira fase da Pandemia foi acompanhada pela interrupção das relações comerciais com a China e pelo fechamento parcial do setor manufatureiro voltado para a exportação.
CAPÍTULO 2
MEDO DA POPULAÇÃO E MANIPULAÇÃO DO MERCADO ACIONÁRIO, “CASSINO” EM FESTA
Ao longo de fevereiro, desdobrou-se uma crise financeira global que terminou com o colapso dramático dos títulos do mercado de ações e uma queda histórica dos preços internacionais do petróleo bruto.
Este colapso foi manipulado. Graças a informações privilegiadas e conhecimento prévio. A campanha do medo desempenhou um papel fundamental no crash do mercado de ações. Em fevereiro, cerca de US$ 6 trilhões desapareceram dos mercados de ações em todo o mundo. Tem havido perdas maciças de poupança pessoal, agora sem qualquer remuneração, sem falar na pandemia de falências.
Foi uma bonança da qual os especuladores institucionais, incluindo fundos de hedge corporativos, tiraram proveito. Assim, a crise financeira levou à transferência de riqueza monetária para o bolso de um punhado de instituições financeiras, rentistas públicos e “ocultos”.
Os Estados nacionais, inclusive os governados pela extrema direita neoliberal, foram forçados a implantar programas de renda mínima, assim como destinarem bilhões e bilhões de dólares na aquisição de equipamentos de medicina e montagem de hospitais de campanha (muitos dos quais não recebeu um único paciente) especialmente para o tratamento da Covid.
CAPÍTULO 3
FECHAMENTO E CONFINAMENTO, A PARALISAÇÃO PARCIAL DA ECONOMIA
O colapso financeiro em fevereiro foi seguido por um bloqueio social no início de março. O lockdow e o confinamento apoiados pela nova “engenharia social” foram fundamentais na reestruturação da economia global, “cancelando” setores já falidos ou fortemente deficitários. Aplicado em um grande número de países quase simultaneamente, o fechamento levou ao fechamento da economia nacional, juntamente com a desestabilização das atividades comerciais, de transporte e de investimento em infraestrutura, em contraste com a ascensão de plataformas de tecnologia e serviços financeiros.
A decretação da pandemia constituiu um ato de guerra econômica contra o setor mais vulnerável da humanidade que resultou em mais pobreza e desemprego em escala global, além de uma orientação sanitária completamente “equivocada”, do ponto de vista da ciência. Na Índia, por exemplo cercaram favelas “apestadas” com cerca de 5 milhões de pessoas em seu cinturão, o país até o momento tem oficialmente perto de cem mil óbitos por Covid (em 6 meses de pandemia), e meio milhão a mais do que a média anual de mortos por desnutrição!
A tarefa que mobilizou os maiores rentistas do planeta, não é outra senão levar a cabo o projeto de reestruturação produtiva, que consiste em frear parte da atividade econômica industrial em todo o mundo, para favorecer a especulação financeira, com a forte redução do contingente da classe operária pela via da introdução do trabalho remoto e de novas tecnologias da transmissão de dados e informações.
Nos Estados Unidos, eles estão muito preocupados com a reabertura da economia antes do desfecho eleitoral em novembro de 2020. Essa campanha midiática em oposição à reabertura da economia nacional e mundial é apoiada por “muito dinheiro”, estamos falando de trilhões de dólares…
Nas principais regiões do mundo, os governos nacionais foram instruídos por poderosos interesses financeiros a manter o bloqueio e impedir temporariamente a reabertura da economia, ainda que alguns presidentes (governos) de extrema direita vociferarem contra, seguiram as ordens como “cordeiros berrando” no caminho do matadouro.
Não há nada espontâneo ou acidental. A recessão econômica foi conduzida nos níveis nacional e global. Ao mesmo tempo, essa crise faz parte do planejamento militar e de inteligência dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Pretende não apenas enfraquecer a Rússia, mas também desestabilizar o tecido econômico da União Europeia, fazendo-a também refém do “clube” do capital financeiro.
CAPÍTULO 4
A GOVERNANÇA GLOBAL DO RENTISMO E SUAS CORPORAÇÕES FINANCEIRAS
Estamos em um novo estágio na evolução do capitalismo global. Um sistema de “governança mundial” controlado por poderosos interesses financeiros, incluindo fundações corporativas e grupos de pressão em Washington, que supervisionam a tomada de decisões em nível nacional e global. Os governos nacionais, inclusive os imperialistas, estão subordinados a esta “governança global”. O conceito de “Governo Mundial” foi levantado pelo falecido David Rockefeller na reunião do Bilderberg Club em Baden, Alemanha, em junho de 1991: “Somos gratos ao The Washington Post, The New York Times, a revista Time e outras publicações excelentes cujos editores participaram de nossas reuniões e mantiveram suas promessas de discrição por quase 40 anos …Teria sido impossível para nós desenvolver nosso plano para o mundo se tivéssemos sido expostos aos holofotes da mídia durante esses anos. Mas o mundo agora está mais sofisticado e pronto para avançar em direção a um governo mundial. A soberania supranacional liderada por uma elite intelectual e banqueiros mundiais é certamente preferível à autodeterminação nacional praticada nos séculos passados.” (Citado por Aspen Times, 15 de agosto de 2011).
Em suas memórias, David Rockefeller afirma: “Há quem acredite até que fazemos parte de uma camarilha secreta que trabalha contra os melhores interesses dos Estados Unidos, caracterizando minha família e eu como ‘internacionalistas’ e conspirando com outras pessoas ao redor do mundo para construir uma estrutura política e econômica global. mais integrado, um mundo. Se for essa a acusação, eu me declaro culpado e tenho orgulho disso”.
O cenário de governança global do capital financeiro impõe uma agenda totalitária (controle sanitário sob o pânico do contágio viral), mas também de uma nova engenharia social do isolamento, incluindo a submissão econômica do setor produtivo industrial. Constitui uma extensão radicalizada da estrutura política neoliberal imposta desde a queda da URSS, tanto aos países imperializados, como as nações imperialistas. Em resumo, consiste em eliminar a “autodeterminação nacional” e construir uma rede mundial de regimes políticos pró-OMS (rígidas regras sanitárias e de comportamento social) controlados por uma “soberania supranacional”, um governo imperial “oculto” aos olhos do povo, sem fidelidade a nenhuma burguesia nacional específica, formado por instituições financeiras bilionários e suas fundações filantrópicas. Esta realidade nada tem a ver com a tese revisionista do “superimperialismo”, muito pelo contrário, é a sua negação!
O “Cenários para o futuro da tecnologia e da área de desenvolvimento internacional” da Fundação Rockefeller (2010), produzido em conjunto com a Global Business Monitoring Network, já havia delineado as características centrais desse tipo de governança. E foi colocado à prova, de forma exitosa, com a decretação da pandemia global.
A campanha do consórcio midiático mundial para disseminar o medo e os números da morte, desempenhou um papel crucial na aceitação social e submissão a uma “soberania supranacional liderada por uma elite rentista”, que todavia foi mascarada por um organismo sanitário que dizia se preocupar exclusivamente em salvar vidas, além de condenar os “hereges ao fogo do inferno”, ou seja, os poucos, mas verdadeiros cientistas que apontavam outros caminhos clínicos e medicinais diante do coronavírus. A governança global estabelece um “consenso sanitário” que é então imposto aos governos nacionais “soberanos” em todo o mundo. A ideia de fechar parcialmente, por um determinado tempo, a economia mundial e isolar socialmente a população para “salvar vidas” foi aceita como única forma de combater o vírus. A esquerda reformista e domesticada ao capital, entrou nesta campanha covarde com todo seu cretino vigor de traidores compulsivos da classe operária mundial.
CAPÍTULO 5
GOVERNANÇA GLOBAL E O ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO
A crise pandêmica, ápice da crise capitalista de superprodução, redefiniu a estrutura do cenário econômico mundial. Desestabiliza pequenas e médias empresas em todo o mundo, afunda setores inteiros da economia mundial, incluindo transporte aéreo, infraestrutura, turismo, indústria e manufatura, etc… O confinamento (“apestamento”) cria fome e mortalidade em massa nos países periféricos, por exemplo na Índia até agora morreram oficialmente de Covid pouco mais de 100 mil pessoas, enquanto de fome e doenças que ficaram sem tratamento por conta do coronavírus, faleceram no mesmo período mais de 2 milhões de habitantes.
O Pentágono e a inteligência dos EUA (Deep State) estão envolvidos até a medula na construção desta pandemia. A crise do coronavírus afeta a condução das guerras lideradas pela indústria armamentista dos Estados Unidos e sua Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Oriente Médio, Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Iêmen, Líbano e no futuro a própria China e Rússia. Eles também são realizados para atingir e desestabilizar países específicos, incluindo Irã e Venezuela. Esta crise não tem precedentes na história mundial. É um ato seminal que anuncia uma nova de guerra mundial.
O “estabelecimento” da governança financeira global não é completamente homogêneo, pressupõe fricções e atritos frontais entre os próprios segmentos capitalistas de grande poder econômico e político. A existência de um governo com as características de Trump nos EUA, é a prova viva desde fenômeno contraditório e que recém inicia sua “era histórica”. Não admitir este fator seria como negar a existência da luta de classes, substituindo por uma espécie de pastelão da “teoria da conspiração”.
CAPÍTULO 6
CAPITALISMO FINANCEIRO SEM PÁTRIA E INTERESSES NACIONAIS
Os interesses do “Big Money” (interesses financeiros globais) se sobrepõem e subordinam aos da Big Pharma, Big Oil, dos empreiteiros do Departamento de Defesa, etc. As principais instituições corporativas bancárias, incluindo JP Morgan Chase, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, State Street Co., Goldman Sachs, etc… estão investindo pesado em laboratórios e na economia de guerra, incluindo o desenvolvimento de armas nucleares no âmbito do programa de armas hipersônicas. Também o 5G é uma área estratégica. O mais interessante é que esses investimentos do “Big Money” são totalmente apátridas, e ocorrem simultaneamente desde o próprio EUA, até a China, os dois principais contendores globais na conjuntura atual. Essa é exatamente a marca e o “DNA” da governança global!
O objetivo final do “Big Money” é transformar os Estados nacionais (com suas próprias instituições e economia nacional) em “territórios econômicos abertos”. Esse foi o destino experimental do Iraque, Líbia e Afeganistão. Porém as “revoluções coloridas”, financiadas pelo “Big Money”, pretendem ampliar em muito esta lista. Vamos ser claros. É uma agenda imperial. O que as elites financeiras mundiais querem é quebrar (com altos níveis de endividamento) e depois privatizar o Estado para depois assumir e privatizar todo o planeta em sua governança global.
“A intenção impronunciável do capitalismo global é a destruição do Estado-nação e de suas instituições, o que causará pobreza mundial em uma escala sem precedentes”. Esta citação de Lenin, datada de dezembro de 1915, no auge da Primeira Guerra Mundial, alerta para algumas das contradições que enfrentamos hoje. Não existe possibilidade de mediação para curso criminoso da dominação do rentismo global, as “inocentes” teses dos reformistas de “controlar e taxar” o fluxo do capital financeiro internacional, não passa de mais uma idiotice reacionária. Nesta etapa histórica não pode haver “meio termo”, ou seja, uma espécie de “capitalismo humanizado”, gerido pela esquerda Social Democrata. A disjuntiva colocada para a classe operária internacional, exatamente quando irrompe no cenário uma nova ordem mundial ainda mais reacionária e regressiva, não pode ser outra: Socialismo ou Barbárie!
CAPÍTULO 7
A PANDEMIA É UM “BOTE SALVA VIDAS” LANÇADO PARA UMA ECONOMIA CAPITALISTA QUE SE AFOGA EM CRISE TERMINAL: É A NOVA ORDEM MUNDIAL DO FASCISMO SANITÁRIO
A essa altura, deve estar claro que a pandemia da Covid é essencialmente um sintoma de que o capital financeiro está descontrolado, procurando um recurso para prolongar sua existência parasitária. Mais amplamente, é um sintoma histórico de um mundo que não é mais capaz de se reproduzir aproveitando o trabalho produtivo humano e portanto, depende de uma lógica compensatória de “doping” monetário perpétuo. Enquanto a contração estrutural da economia baseada no trabalho infla o setor financeiro, a volatilidade deste só pode ser contida por meio de emergências globais (catástrofes), propaganda enganosa massiva por parte da mídia corporativa e a tirania da biossegurança. Como podemos sair desse círculo vicioso?
Desde a “terceira revolução industrial” (a microeletrônica na década de 1980), o capitalismo automatizado tem se dedicado inutilmente a abolir o trabalho assalariado como sua própria substância. Já passamos do ponto sem retorno. Devido ao crescente avanço tecnológico, com a potencialização financeira eletrônica, o capital está cada vez mais impotente em sua missão de extrair mais-valia da força de trabalho.Com o desencadeamento da inteligência artificial, isso realmente se torna uma missão “realista”, porém não concreta, ou seja afunda o atual modo de produção em uma contradição letal para a burguesia.
Isso significa que as bases econômicas do nosso mundo não estão somente no trabalho socialmente necessário contido em mercadorias como carros, telefones ou máquinas. Também residem em especulações bursáteis alavancadas por dívidas altamente inflamáveis sobre ativos financeiros, como ações, títulos, futuros e especialmente derivativos, cujo valor é securitizado indefinidamente.
Somente a “crença religiosa” de que a massa desses bens produz valor nos impede de ver o abismo que se abre sob nossos pés. E quando “nossa fé” nestas pseudo teorias diminui, a “providência divina” intervém enviando-nos para uma hipnose coletiva através de histórias apocalípticas de contágio de vírus mortais e suas correspondentes narrativas de salvação pela Big Pharma (vacinas).
No entanto, a realidade é teimosa e não para de bater à nossa porta. A medida que o tumor financeiro se espalha pelo corpo social, o capital opta por soltar seu duplo leviatânico, um vampiro que se alimenta de emergências globais e modelos de negócios ancorados na tecnologia digital com potencial para garantir a totalidade da “Vida na Terra”. A escrita está na parede, uma “ditadura branda” já está olhando para nós. Hoje, resistir à maré da contrarrevolução significa defender a dimensão inviolável da dignidade humana, ponto de partida inegociável para a construção de um projeto socialista alternativo. Ainda estamos no tempo histórico do capital mas precisamos de consciência crítica, coragem e despertar coletivo para construir o instrumento da revolução.
Estamos perto de “Pandexit”? O seguinte trecho de um artigo recente da Bloomberg tem a resposta mais provável: “Para quem espera ver a luz no fim do túnel Covid-19 nos próximos três a seis meses, os cientistas têm más notícias: “prepare-se para mais do que o habitual. que já passamos”. Para desembaraçar essa afirmação, vamos supor que nosso futuro seja caracterizado pelos seguintes eventos: 1. Os bancos centrais continuarão a criar quantias desordenadas de dinheiro, principalmente para inflar os mercados financeiros; 2. A narrativa de contágio (ou similar) continuará a hipnotizar populações inteiras, pelo menos até que os Passaportes Digitais de Saúde sejam totalmente implementados; 3. As democracias burguesas clássicas serão desmanteladas e eventualmente substituídas por regimes fascistas baseados em um panóptico digitalizado, um metaverso de tecnologias de controle legitimadas por ruídos de emergência sanitária ensurdecedores.
Muito escuro? Não, se levarmos em conta que a montanha-russa da crise sanitária (fechamento seguido de aberturas parciais que se alternam com novos fechamentos causados por mini-ondas) se parece cada vez mais com um “role-playing game global”. A razão para esse cenário deprimente é simples: sem o vírus que justifica o estímulo monetário estatal o setor financeiro alavancado pela dívida entraria em colapso da noite para o dia. Ao mesmo tempo, no entanto, o aumento da inflação juntamente com os gargalos da cadeia de suprimentos (especialmente em microchips) ameaçam uma recessão global devastadora.
Este círculo vicioso parece impossível de superar, por isso as elites financeiras não podem ignorar a narrativa da emergência. Do seu ponto de vista, a única saída parece envolver a demolição controlada da economia real e sua infraestrutura liberal, enquanto os ativos financeiros continuam a ser inflados artificialmente. O último inclui truques cínicos de lavagem verde financeira, como investir em títulos “ESG” (Meio ambiente, Social e Governança), uma manobra sórdida de desejar criar um “ambiente saudável” para legitimar a expansão da dívida pública. Com todo (des)respeito aos midiotas do tipo Greta Thunbergs ao nosso redor, isso não tem nada a ver com salvar o planeta.
Estamos testemunhando a dissolução acelerada do velho capitalismo liberal, que já está obsoleto. A nova imagem é objetivamente deprimente. Os interesses financeiros e geopolíticos globais serão garantidos pela coleta massiva de dados, registros digitais e repressão policial por meio de aplicativos digitais vendidos como inovação “empoderadora”. No centro de nossa situação está a implacável lógica de um sistema socioeconômico que, para sobreviver, está disposto a sacrificar sua estrutura democrática e abraçar um regime monetário fascistizante apoiado por uma falsa ciência e tecnologia corporativa das multinacionais.
Ao apelar ao nosso sentimento pessoal de culpa por “destruir o planeta”, os próximos bloqueios climáticos são a continuação ideal das restrições do Covid. Se o Vírus foi o “aperitivo” aterrorizante, uma generosa porção de ideologia da “pegada de carbono” misturada com escassez de energia já está sendo servida como refeição principal. Um a um estamos sendo convencidos de que nosso impacto pessoal negativo no planeta merece ser punido. Primeiro aterrorizados e arregimentados pelos vírus e agora envergonhados de prejudicar a “Mãe Terra”, já internalizamos o mandato ambiental: nosso direito natural de viver deve ser conquistado cumprindo os ditames ecológicos impostos pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Mundial, ou Fórum de Davos, e ratificado por tecnocráticos governos burgueses neoliberais com sua polícia. Este é o realismo capitalista decadente em sua forma mais cínica.
A introdução do Passaporte Sanitário representa um momento crítico desta etapa da Nova Ordem Mundial. A domesticação da esquerda é crucial para que as elites ganhem a confiança das massas em uma estrutura de poder cada vez mais centralizada que é vendida como uma oportunidade de emancipação contra a peste. Depois de atravessar o Rubicão da identificação digital, é provável que a repressão continue crescendo lenta e gradualmente, como na famosa anedota de Noam Chomsky: se você jogar um sapo em uma panela de água fervente, ele sairá imediatamente com um salto prodigioso; se, pelo contrário, o submergirmos em água morna e aumentarmos lentamente a temperatura, o sapo não perceberá nada, até se divertirá; até que, enfraquecido e incapaz de reagir, ela acaba fervendo até a morte.
A previsão acima, no entanto, deve ser contextualizada em um cenário econômico conflituoso de intensa crise política e profundamente incerto. Primeiro, agora há evidências (embora fortemente censuradas) de uma genuína resistência popular as restrições da pandemia e ao Grande Reset em geral. Em segundo lugar, as elites parecem estar parcialmente divididas e, portanto, confusas sobre como proceder, como evidenciado pelo fato de que vários governos nacionais optaram por diminuir a emergência das restrições em pleno surto da Ômicron. Vale reiterar que o quebra-cabeça das burguesias é fundamentalmente de natureza econômica: como administrar a extrema volatilidade financeira mantendo o mercado de consumo aberto. O sistema financeiro global é um enorme tabuleiro de xadrez. Se aqueles que a administram perdessem o controle da criação de liquidez, a explosão resultante explodiria todo o tecido socioeconômico abaixo. Simultaneamente, uma recessão privaria os governos de qualquer credibilidade. Portanto, o único plano viável das elites financeiras parece ser sincronizar a demolição controlada da economia (colapso global da cadeia de suprimentos resultando em “escassez de tudo”), com a implantação de uma infraestrutura digital global para aquisição mercantil tecnocrática.
Inevitavelmente, a reabertura (cautelosa) na pandemia das transações financeiras baseadas em crédito estatal injetados na economia real levou ao aumento da inflação, levando a um maior empobrecimento das massas no terreno internacional. O poder de compra dos salários foi reduzido, assim como a renda e a poupança. Vale lembrar que os grandes bancos comerciais estão na interface entre o mundo mágico do dinheiro digital dos Bancos Centrais e o deserto devastado pela emergência habitado pela maioria dos mortais. Portanto, qualquer expansão desenfreada das reservas do Banco Central (dinheiro criado do nada) desencadeia imediatamente a inflação de preços assim que os bancos comerciais liberam dinheiro (ou seja, dívida) para a sociedade.
O objetivo da “pandemia” para a governança global do capital financeiro era acelerar a macrotendência preexistente de expansão monetária, ao mesmo tempo em que adiava os danos inflacionários e da superprodução de mercadorias. Seguindo a linha do Federal Reserve dos EUA, os banqueiros centrais do mundo criaram oceanos de liquidez, desvalorizando assim suas moedas em detrimento das populações. Enquanto isso, o “turbocapital” transnacional dos rentistas continua se expandindo na órbita financeira, absorvendo aquelas pequenas e médias empresas que deprimiu e destruiu. Em outras palavras, não existe almoço grátis(para nós). A máquina de impressão de dinheiro do Banco Central só funciona para 0,0001%, claro que com a ajuda do Vírus!
Enquanto isso, as pequenas empresas e os cidadãos comuns estão presos em um duplo vínculo sufocante. Para que o crédito seja disponibilizado ao mercado, os Bancos Centrais devem conter a inflação, o que eles só podem fazer… drenando o crédito! A inflação desenfreada só pode ser evitada pela contenção dos efeitos perturbadores da criação excessiva de dinheiro, isto é, colocar de joelhos as sociedades baseadas no trabalho e não na especulação. A maioria de nós acaba sendo esmagada entre a inflação dos preços dos bens essenciais e a drenagem deflacionária da liquidez pela perda de renda e pela erosão da poupança. E em uma economia estagnada com inflação fora do controle, cada transação comercial suprimida é canalizada para ativos financeiros que obviamente estão na mão dos rentistas.
A lógica desse mecanismo monetário é perversa. A “dança louca” do capital financeiro saiu do controle muito além de sua loucura habitual, e o dia do acerto de contas está se aproximando rapidamente. Uma recessão devastadora pode ser evitada? A resposta política atual parece mobilizar a antiga sabedoria de que “tempos extremos exigem medidas extremas”, o que significa que nenhum monumental crime contra a humanidade pode ser descartado quando a implosão sistêmica é tão obstinadamente negada. Não é isso que a história marxista sempre nos ensinou?
A crise que vivemos não é naturalmente epidemiológica! Primeiro, trata-se de lidar com a exposição financeira alavancada do capitalismo e potencialmente catastrófica para a classe operária, evoluindo para o risco “tóxico” da recessão econômica e da gestão estatal associada ao desemprego, inflação e a corrupção burguesa. No entanto, como o Covid nos lembra, acrobacias financeiras da magnitude atual só funcionam sob cobertura política de uma emergência mundial: bloqueios econômicos, fechamentos comerciais e restrições sanitárias, etc. O objetivo do encobrimento é cínico: Esconder o naufrágio do Titanic, ou melhor do modo de produção capitalista!
Separar a população com base em seu status de vacinação é uma conquista histórica dos atuais regimes totalitários do fascismo sanitário. Se a resistência popular for sufocada, será introduzida uma identidade digital obrigatória para registrar a “virtude” de nosso comportamento e regular nosso acesso à sociedade. O Covid foi o cavalo de Tróia ideal para esse avanço da reação internacional.
Uma das pedras angulares do antigo fascismo foi a indústria nacional controlada pelas necessidades políticas e militares do governo totalitário, mantendo-se como propriedade privada. Agora os ritmos de produção da indústria global são controlados pelas “determinações sanitárias” da OMS (governança do capital financeiro), também se mantendo nas mãos dos grupos econômicos privados. É bastante surpreendente que apesar da esmagadora evidência da simetria histórica entre a Nova Ordem Mundial e velho nazifascismo, a maioria dos “intelectuais” da esquerda reformista ainda não percebeu que é para lá que estamos indo. O escritor italiano Ennio Flaiano afirmou recentemente que o atual movimento fascista é formado por dois grandes grupos: os fascistas e os antifascistas…Hoje, quando a maioria dos autoproclamados antifascistas está silenciosa ou entusiasticamente apoiando a virada autoritária “medicalizada”, esse paradoxo político é mais relevante do que nunca. Essa esquerda domesticada, uma verdadeira praga para o movimento operário de todo o planeta, deve ser superada pela ação direta das massas, que já demonstrou que não está disposta a abrir mão de suas conquistas históricas para o embuste do fascismo sanitário, falsamente defensor da “ciência e da vida”.