TRINCA DO “SUL GLOBAL” NÃO PRESTARÁ AJUDA MILITAR AO IRÃ E PALESTINA: “MUNDO MULTIPOLAR” DEFENDIDO POR BRENO ALTMAN ALMEJA “SOLUÇÃO PACÍFICA” QUE PRESERVE O ENCLAVE SIONISTA DE ISRAEL!

LBI

O Jornalista Breno Altman vem fazendo postagens pedindo a ruptura das relações comerciais e diplomáticas da China, Rússia e Brasil com Israel. Segundo ele: “Há um teste de fogo para a troika do Sul Global, composta por China, Rússia e Brasil: a causa palestina. Esses países continuarão a manter relações com Israel? O que farão diante do vil ataque sionista contra o Irã? Adotarão ações práticas? Ou se apequenarão diante da história? (14/06). As ilusões de Altman com a “trinca” encobrem que os três países são parceiros comerciais e militares do enclave sionista e não vão romper relações diplomáticas e econômicas com Israel (“ações práticas”), ao contrário, estão aprofundando seus negócios com os algozes do povo palestino e os que atacam por meios bélicos com o apoio do EUA nesse exato momento a nação persa! A “esquerda multipolar” que Breno integra apoia o Irã e a Palestina… porém é um apoio diplomático e formal, não é o apoio militar que o Irã e a Resistência Árabe precisam neste momento de guerra contra Israel. A “trinca” do Sul Global apoia o Irã no sentido de encaminhar uma saída pacífica com o aval da ONU e para pôr fim ao conflito militar na espera que o Regime dos Aiatolás desista de ter a bomba atômica porque defende a preservação e existência do enclave sionista!

A burocracia capitalista chinesa busca incorporar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como sua nova “zona de investimentos capitalista” (Nova Rota da Seda) patrocinando para tal fim um co-governo entre o Hamas e os traidores da ANP (Al Fatah) que respeite a existência do enclave terrorista de Israel e abra mão do combate armado a ocupação sionista, planejando dessa forma criar as condições estratégicas de mínima estabilidade capitalista para fazer vultosos negócios em uma cobiçada região comercial no Oriente Médio, além de impor um enorme retrocesso da resistência armada palestina.

Diferente do que apregoa Altman, não se deve esperar nem reivindicar nada da China capitalista, pois além de declarações diplomáticas inócuas, vai priorizar suas relações comerciais com os governos árabes corrompidos com Israel e que apoiam o ataque ao Irã, como Arábia Saudita, Jordânia, Egito e o Catar. A China está diretamente ligada a Governança Global do Capital Financeiro e não moverá um dedo em defesa militar do Irã como não fez até agora em apoio ao povo palestino de Gaza. Pelo contrário, condenou o Iêmen por suas heroicas ações militares no Mar Vermelho em solidariedade a Palestina. A covarde burocracia capitalista da China alegou que as ações do Iêmen estavam “atrapalhando” o comércio naval mundial! Pequim não é um ponto de apoio as forças anti-imperialistas e que estão em luta contra o sionismo, tanto que a China promove negócios bilionários com Israel na ampliação dos assentamentos dos colonos judeus neonazis.

A China desempenha um papel ativo na construção de assentamentos dos colonos neonazis judeus em Gaza e na Cisjordânia. Não apenas trabalhadores chineses trabalham nesses assentamentos, mas também o governo e empresas privadas prestam serviços nessas áreas. De acordo com relatos e moradores locais, trabalhadores chineses foram vistos fazendo trabalhos de construção em áreas como Nablus, Ramallah, Beit El e Hebron. Entre as empresas chinesas, destacam-se a “ADAMA”, a “Tnuva” e a “AHAVA”, que atuam nesses assentamentos. A AHAVA, anteriormente uma empresa israelense, foi adquirida pela empresa chinesa Fosun Group em 2016. A fábrica da empresa fica em Mitzpe Shalem, na Cisjordânia.

Ao contrário das narrativas fantasiosas de reformistas como Breno Altman, a preocupação “comercial” da burocracia restauracionista chinesa é bem clara: “A área do Mar Vermelho é uma importante rota comercial internacional de bens e energia, por isso a China espera que todas as partes envolvidas possam desempenhar um papel construtivo e responsável”. Nenhuma solidariedade, mesmo que formal, com a nação árabe atacada pelo imperialismo, para os cretinos “comunistas” a única preocupação é com os seus negócios e a submissão aos interesses da Governança Global do Capital Financeiro!

Pequim depende fortemente de importações de petróleo e cerca de metade vem do Golfo. Os países do Oriente Médio são cada vez mais importantes na Iniciativa do Cinturão e Rota, conhecida como nova rota da seda, um ponto fundamental da sua política externa e econômica imperialista, o que não representa um ponto de apoio da luta histórica do povo palestino e sua resistência armada árabe para retomar seu território histórico das garras de Israel, como vende falsamente Breno Altman.

A cantilena do “mundo multipolar” pressupõe a coexistência dos dois polos imperialistas, o que inclui para ambos a preservação da existência de Israel no marco da governança capitalista global. Esta farsa trata-se de uma tentativa de preservar as relações de produção capitalista dos países com uma “maquiagem” mais humana e justa, aos olhos embotados do proletariado mundial.

A “tese” da “Multipolaridade ou Barbárie”, que praticamente engloba todo o campo do reformismo e neostalinismo, não é somente um “equívoco teórico”, significa que a esquerda domesticada foi corrompida materialmente pelos interesses econômicos e políticos de uma classe social antagônica ao proletariado mundial.

A ascendente burguesia chinesa, que elevou seu patamar mundial a categoria de segunda “potência mundial”, é produto direto dos investimentos trilionários do capital financeiro no país asiático, este montante de reservas monetárias que vieram das corporações imperialistas não foi “doado filantropicamente” a China para que se desenvolvesse, foi investido para reprodução e retorno do capital, agora multiplicado, para as mãos dos grandes rentistas globais, que tem na sino burguesia sua sócia minoritária.

Logicamente o “segredo” encoberto do “milagre econômico” do gigante asiático não é o pseudo “socialismo chinês” com suas “peculiaridades nacionais”, mas o enorme potencial da classe operária, educada cientificamente e formada tecnicamente nas excelentes escolas e faculdades do antigo Estado Operário, agora destruído e substituído por um simulacro de regime “socialista de mercado”.

Com relação ao Brasil de Lula, dados da oficiais da plataforma governamental ComexStat mostram que o Brasil exportou US$ 662 milhões em produtos para Israel em 2023. No mesmo período o Brasil importou US$ 1,35 bilhão em produtos israelenses, sendo que os dois principais itens são insumos para o agronegócio, além de equipamentos militares.

Fazendo um simples cálculo aritmético vemos que o déficit da balança comercial brasileira em relação ao enclave sionista chega perto de 800 milhões de dólares por ano. Mesmo com essa relação totalmente desvantajosa economicamente ao nosso país, o governo burguês da Frente Ampla se recusou a romper relações diplomáticas e comerciais com o gendarme terrorista judeu, isso sem falar na humilhação pública internacional que o governo nazisionista de Netanyahu submeteu o Brasil e também o próprio Lula.

Agora fica cristalino que a demagogia populista do lulopetismo em relação ao genocídio do povo palestino é simplesmente um discurso vazio de conteúdo… Desgraçadamente Breno e a totalidade da esquerda revisionista caiu na “fábula” de um “Lula antissionista”, pedindo ingenuamente que o Itamaraty rompa relações com Israel.

Em termos de volume econômico internacional os valores do déficit brasileiro não são grandes, mas qualquer perda de receitas financeiras para Israel poderia representar uma crise nas contas públicas do enclave sionista. Isso sem falar em um possível efeito multiplicador para outros países que por ventura rompessem suas relações comerciais com Israel, que por ser um “Estado artificial” tem que importar quase tudo para seus habitantes.

Muito além do “barulho midiático” contra o enclave sionista de Israel, nem Lula e tampouco nenhum parlamentar petista, mesmo a ala considerada “esquerda” do partido, propôs no Congresso Nacional a ruptura de relações do Brasil com o gendarme terrorista judeu, ao contrário senadores do PT votaram pelo “Dia da amizade Brasil-Israel”!

Os sionistas e suas entidades “nacionais” no país, até ocupam cargos de confiança em vários órgãos da gerência federal, seja em “Comitês de Cooperação Binacionais”, ou mesmo na cúpula da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A realidade concreta é que o Brasil, sob o manto do bolsonarismo ou do lulopetismo, continua a se configurar como um excelente negócio para o governo assassino de Netanyahu.

Não esqueçamos a “piada” de pedir que governos burgueses como o de Lula rompa relações com Israel enquanto a gerência da Frente Ampla no Brasil desencadeou uma operação policial em parceria com o Mossad para encarcerar o Hezbollah e a resistência árabe em nosso país!

Altman e a exquerda que convocam os atos de hoje (15/06) fingem que essa realidade simplesmente não existe e se limitam a aconselhar diplomaticamente Lula a romper relações com Israel. Isso ocorre porque em sua maioria não defendem a resistência armada palestina e sua efetiva vitória militar, se limitam a adotar o pacifismo-pequeno burguês que no máximo implora inutilmente que Lula rompa relações com Israel pedindo que a ONU pressione pelo “fim dos bombardeios em Gaza”.

Por fim com relação a Rússia até agora Putin não acionou o acordo de cooperação militar com o Irã e se limita a pedir a abertura de “negociações de paz”. Moscou tem um acordo tácito com Israel: o enclave sionista não envia armas diretamente para a Ucrânia e a Rússia não presta ajuda militar ao Irã. Registre-se que o Mossad atuou em uma base clandestina em pleno território persa, com agentes infiltrados sabotando o sistema de auto-defesa do Irã com drones sionistas destruindo os sistemas de defesa aéreas S-400 (russo) em solo antes do ataque dos caças F-35 de Israel por ar e os mísseis sionistas vindos pelo espaço aéreo do Iraque, o que provocou a morte de altos dirigentes do Regime dos Aitolás. O mesmo Mossad prestou “assessoria” ao regime neofascista de Kiev para lançar os drones que destruíram aviões com armamento atômico dos aviões da era soviética em vários aeródromos russos nas fronteiras com a Ucrânia! Como vemos até a Rússia vem sendo cúmplice do massacre do povo palestino e atua em completa inação diante da ofensiva militar sionista contra o Irã porque também defende preservar o enclave de Israel.

Alertamos a Breno Altman sobre a incapacidade histórica do nacionalismo burguês em levar até as últimas consequências a luta contra o imperialismo, porém em plena etapa de profunda crise de acumulação do capital, e que aponta objetivamente para um período já aberto de pré-III Guerra Mundial, os “vacilos e ilusões” da camarilha restauracionista de Putin diante do imperialismo ianque e do sionista, podem custar a sobrevivência política do regime pós soviético.

Desgraçadamente a tal “trinca” do Sul Global e seu farsante “mundo multipolar” não representam um ponto de apoio efetivo da luta do povo palestino para retomar seu território histórico das garras de Israel e muito menos prestará ajuda militar ao Irã para destruir o enclave sionista de Israel, como vende as ilusões Breno Altman!