SWIFT UMA PODEROSA ARMA ESTRATÉGICA DO CAPITAL FINANCEIRO: MAS SE A “GUERRA COMERCIAL” É CONTRA A CHINA, PORQUE A USARAM SOMENTE CONTRA A RÚSSIA?

INTERNACIONAL

Controlar o fluxo do sistema financeiro global sempre foi um pilar histórico da política externa do imperialismo ianque. Agora essa “arma“ estratégica do capital está totalmente sob controle da Governança Global. Obviamente estamos falando da Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift), um serviço financeiro que antes era disfarçado como uma “plataforma neutra”, mas que atualmente está sendo cada vez mais usado abertamente para poder impor bloqueios econômicos aos adversários dos globalistas, estrangulando assim suas reservas financeiras internacionais.

Trump ameaçou sanções econômicas contra países que supostamente ameaçavam os interesses da burguesia ianque. Porém não seguiu o exemplo do seu antecessor Biden, que excluiu a adversária Rússia do sistema de pagamentos mundiais, a SWIFT. Apesar das bravatas tarifárias de Trump, os EUA seguem na parceria financeira harmônica com a China, seja no campo do SWIFT, ou das aplicações monetárias nos títulos do Tesouro norte-americano.

O SWIFT não é um banco nem um mero provedor de serviços de pagamento, mas sim uma plataforma de câmbio global que permite que instituições financeiras transmitam instruções de transações seguras através de suas fronteiras. Seu principal apelo está na velocidade, criptografia, padronização e aceitação quase universal. Bancos de diferentes países, operando em diferentes idiomas e moedas, sempre confiaram neste sistema para conduzir suas operações financeiras. Das grandes economias capitalistas mundiais, somente a Rússia está excluída do SWIFT, o que gera um prejuízo trilionários para os negócios do país, sejam comerciais ou na área das receitas com o turismo.

A imagem de “neutralidade” do SWIFT foi manchada em 2006, quando foi revelado que havia transmitido secretamente dados de transações para a CIA e do Tesouro dos EUA como parte do Programa de Rastreamento de Financiamento do Terrorismo (TFTP). Essa vigilância não parou, e agora é o setor de “inteligência” do Fórum de Davos que monitora as transações Swift.

Em 2012, a Governança Global pressionou o Swift a cortar laços com Teerã, acusando-a de violar as sanções dos EUA e da União Europeia. O Swift obedeceu rapidamente, assim como depois seguiu a mesma trilha da exclusão com a Coreia do Norte em 2017 e a Rússia em 2022, na eclosão da guerra da Ucrânia. A mensagem era clara, o SWIFT não é neutro, mas um poderoso instrumento da guerra real, seja contra o Irã ou a Rússia. Já a China foi totalmente preservada, revelando assim que a “Guerra Comercial” não é tão belicosa assim…