O governo burguês de Lula levou a frente nesses anos um processo de sucateamento dos Correios e agora anunciou um plano para privatizá-lo sob a embalagem farsante que está “saneando” a ECT via um empréstimo bilionário com juros altíssimo e impagáveis juntos aos grandes bancos com o objetivo de ao final desse processo privatizar a empresa. Como denunciou o companheiro Rocha, trabalhador dos correios e ativista classista da greve “o mal chamado plano de reestruturação prevê corte de R$ 2 bilhões em gastos com a demissão de 10 mil funcionários em 2026 e 5 mil em 2027, o fechamento de mil agências”. Além disso o governo Lula conseguiu no TST o aval para dar um calote nas dívidas trabalhistas e o tribunal através do famigerado dissídio deliberado ontem (30/12) ainda quer impor que os trabalhadores em greve retornem hoje (31/12) ao trabalho com um reajuste miserável de 5%, retirando o “Vale Peru” e impondo o ponto presencial, contando para isso com a colaboração da burocracia sindical da Fentect, Findect e dos sindicatos pelegos que rapidamente querem acabar com a greve hoje em todo o país.
O companheiro Rocha também denunciou que “para levar a frente esse plano de guerra contra os trabalhadores, a companhia vai implementar um programa de demissão voluntária (PDV) e espera, em até 2 anos, reduzir em 15 mil o número total de funcionários, o que representaria um corte de 18% na folha de pagamentos, além da reformulação do plano de saúde para reduzir o custo em R$ 500 milhões anuais”.
Nesse sentido, o núcleo da Tendência Revolucionária Sindical dos trabalhadores nos Correios defende que é preciso convocar as assembleias massivamente para hoje (31/12) a fim de deliberar manter a greve por tempo indeterminado para barrar a privatização e arrancar as reivindicações derrotando o golpe do dissídio do TST, da direção privatista da empresa e do governo burguês de Lula!