IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO: GLOBALISTAS DO DEEP STATE (DEMOCRATAS) E SOBERANISTAS IANQUES (TRUMPISTAS) UNIDOS NA REELEIÇÃO DE LULA RETIRAM SANÇÃO A MORAES

NACIONAL

O governo dos Estados Unidos suspendeu oficialmente as sanções financeiras anteriormente impostas ao Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e à esposa e sua “empresária” Viviane Barci de Moraes, que haviam sido incluídos na lista de sanções da Lei Global Magnitsky por sua atuação como “justiceiros” no caso contra o ex-presidente Bolsonaro, condenado por uma tentativa inexistente de golpe de Estado. A medida “generosa” da Casa Branca, já antecedida pelo fim das sobretaxas para as importações brasileiras, representa a unidade política selada entre as duas alas do imperialismo norte-americano em torno da necessidade de garantir uma reeleição tranquila para o presidente Lula. Desta forma, tanto os soberanistas ianques (Trumpistas), como os globalistas do Deep State (Democratas), compreendem que para salvaguardar os interesses econômicos e geopolíticos do capital financeiro na América Latina, é necessário dar continuidade ao governo neoliberal da Frente Ampla no Brasil.

Para que nossos leitores entendam cientificamente os conceitos marxistas de globalistas (uma caracterização dos agentes financeiros hegemônicos mundiais) e soberanistas ianques (um termo específico a burguesia nacional norte-americana que tenta se soerguer internacionalmente) é necessário compreender o papel principal protagonizado do Deep State Global na pandemia Covid, ou melhor dizendo, na farsa sanitária armada pelo capital financeiro para desenvolver um modelo terrorista de controle social sobre as massas no mundo inteiro. O Deep State é na verdade o “braço armado” da Governança Global do Capital Financeiro e atua muito além das fronteiras dos EUA, promovendo todo tipo de manobras espúrias, desde golpes de Estado, “revoluções coloridas”, fraudes eleitorais, guerras convencionais e até pandemias.

Os soberanistas ianques, que são na verdade a representação política da decadente burguesia comercial e industrial norte-americana, se organizaram em torno da liderança do reacionário Donald Trump, para levarem a frente a “utopia nacionalista” de tornar a “América grande novamente”. Entretanto como já assinalou Marx: “A roda da história não volta para trás“.

Como à reeleição do Republicano Donald Trump em 2020 foi barrada por uma escandalosa fraude eleitoral, dando lugar a gerência da Casa Branca ao governo globalista do Democrata geriátrico Joe Binden, que levou à frente da pandemia, passando pela guerra contra a Rússia, até o genocídio contra o povo palestino, os soberanistas ianques retornaram com grande força eleitoral em 2024. Porém Trump não é “soberano”, e tão pouco tem plenamente o poder estatal em suas mãos, apesar de presidente eleito passa a ser “sócio menor“ no controle do imperialismo estadunidense.

Somente para termos noção da correlação real de forças no campo econômico, o que em última instância é o fator determinante, entre os soberanistas e globalistas nos EUA, tomamos como marco de referência o próprio PIB norte-americano (ainda o maior do planeta), ou seja, a soma de toda riqueza industrial, comercial e de serviços do país, algo em torno de 28 trilhões de dólares. Somente a bolsa de valores de Wall Street, que trabalha com capital financeiro fictício (virtual) e especulativo (alavancado) movimenta cerca de 42 trilhões de dólares em um só ano. Não precisa nem “explicar” aos nossos leitores que fração da classe dominante estadunidense representa o PIB, e o outro setor que controla as bolsas de valores (Wall Street é apenas uma delas). Os globalistas são absolutamente hegemônicos não só nos EUA, mas no mundo todo, incluindo a China que se industrializou com o capital financeiro da Governança Global.

Por isso mesmo a gerência estatal de Trump é muito limitada, as forças sociais que hoje governam o mundo (rentistas) não querem mais voltar a administrar somente os EUA e o seu histórico “quintal”. Nesta divisão de forças, onde os soberanistas ianques tem uma folgada maioria eleitoral, porém uma clara desvantagem de peso econômico, foi dado aos Republicanos a tarefa de se “preocupar” novamente com a América Latina. Trump e seu trânsfuga cubano, Marco Rubio, não podem impor nada a Europa (vide guerra da Ucrânia) e tampouco a Ásia (principalmente China e Japão), portanto tem que se contentarem em sugar as “colônias menores”.

Neste panorama concreto, mais além dos desejos ufanistas reacionários de Trump, apostar em “cavalos mancos”, como Bolsonaro no Brasil seria um grave problema para sua sobrevivência política no seu próprio país. Lula é uma construção perfeita dos globalistas do Deep State para ser vendido como modelo político no planeta. Assim com também são os robôs togados do STF. É verdade que isso não apetece muito a Trump, que por afinidade ideológica preferiria ter novamente Bolsonaro&Guedes dirigindo o Planalto. Entretanto os soberanistas ianques tiveram que se render aos fatos da luta de classes, e agora estão alinhados com o lulopetismo, para a manutenção do governo neoliberal de colaboração de classes da Frente Ampla. Lula inclusive já vem atuando com a ratazana cubana, o gusano Rubio, para pressionar Maduro a uma transição pacífica de governo na Venezuela, posto que o ataque militar do Pentágono se mostrou muito arriscado e fadado a mais um fiasco do imperialismo norte-americano.