O Ibovespa, principal índice do mercado financeiro no país, registrou nesta sexta-feira (05/12) uma forte queda de 4,31%, aos 157.369,36 pontos. Na semana, recuou 1,07% depois de 3 dias seguidos de recorde nominal. Essa foi a maior queda diária desde o fechamento de 22 de fevereiro de 2021, quando caiu 4,87%. A reação negativa dos grandes rentistas, nacionais e estrangeiros, que traficam capital volátil no Brasil, é produto direto do anúncio político do lançamento da candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto. Como as corporações financeiras estão apoiando integralmente a reeleição do pelego Lula, por motivos óbvios, ficou o “aviso” de que não embarcarão na “canoa furada” de nenhuma opção bolsonarista para as eleições presidenciais de 2026.
A indicação eleitoral do patriarca bolsonarista por seu filho Flávio, na “disputa inglória” pela presidência da república, não foi surpresa alguma para os Marxistas Leninistas que acompanham a conjuntura nacional sob um ângulo da ciência política. A escolha por Flávio não é apenas pelo fato de ser o primogênito do Messias, mas hoje é o que possui, como senador da república, um mínimo de garantias constitucionais de que não será preso pela quadrilha do STF no curso da disputa eleitoral.
O mafioso clã bolsonarista de “pequenos furtos”, se comparado a anturragem estatal lulopetista, sofre hoje de um “mal” próprio das famiglias criminosas, a infiltração no seu “núcleo duro”. Estamos falando obviamente da esposa, Michele Bolsonaro, ex-garota de programa da Câmara dos Deputados, e agora com status de “santa do pau oco”, candidatíssima a ser a “matrona poderosa” da máfia bolsonarista. Acontece que o Jair não é tão idiota como aquele que apareceu drogado afirmando para as câmeras da Globo que queimou com um pequeno ferro de solda a sua tornozeleira eletrônica. Ficou evidente para os mais atentos observadores que se tratava de uma armação da própria Michele com o Xandão, para desmoralização completa do velhote Bolsonaro.
Outra alternativa para o clã, seria Bolsonaro “nomear” como seu sucessor eleitoral o governador de São Paulo, Tarcísio “Centrão” de Freitas. Porém com mais de 40 anos na política burguesa, Bolsonaro acompanhou bem o périplo de Leonel Brizola, traído por mais de uma dezenas de afilhados políticos que depois de empossados na cola do prestígio do caudilho nacionalista, lhe cravavam um “punhal nas costas”. O mais seguro e confiável para Bolsonaro, como uma “saída de emergência” diante do declínio político absoluto, foi inclinar-se pelo filho “cagão nas calças”, Flávio Bolsonaro.
A Governança Global do Capital Financeiro, que está comprometida até a medula com a continuidade do governo neoliberal burguês da Frente Ampla, não quis deixar nenhuma margem de dúvida de sua fidelidade a Lula. Inverteu imediatamente o curso seguido de alta das bolsas de valores no Brasil, e mandou um recado explícito aos poucos capitalistas nativos que ainda “torcem o nariz” para o líder petista: “Sigam com Lula sem vacilações ou vamos quebrar vocês!”
