A LIT lançou uma “Declaración conjunta de trabajadores socialistas revolucionarios de Venezuela, Colombia, y los Estados Unidos” assinada por suas “seções” nestes três países que tem o seguinte eixo político: “Nuestra posición: Como socialistas que nos organizamos en Estados Unidos, Venezuela, y Colombia reconocemos que necesitamos movilizarnos para enfrentar la maquinaria de guerra imperialista con el poder de la clase trabajadora organizada. No tenemos ningún compromiso con los gobiernos burgueses de Maduro y Petro”. Em resumo, diante da ofensiva militar do imperialismo ianque contra a Venezuela, a LIT/PSTU chamada a derrubar Maduro e não defende a unidade de ação para derrotar a agressão imperialista!
Segundo os Morenistas que estão atravessando uma imensa crise em sua moribundo corrente política revisionista por capitularem ao imperialismo ianque, tanto na América Latina como na Ucrânia: “Maduro no tiene nada de socialista, que mantiene a su pueblo sumido en la pobreza y que incluso está dispuesto a entregar toda la riqueza natural del país para satisfacer las demandas de Trump. En Colombia, a pesar de sus denuncias correctas ante la hipocresía y la injerencia imperialista, Petro sigue en el marco de pagar la deuda externa, y de ser socio global de la OTAN, atado a compromisos que mantienen a Colombia bajo el control del imperialismo”.
Como vemos, a LIT rompe com o ABC do Leninismo e do Trotskysmo, ou seja, utiliza as críticas ao governo Maduro para se negar a fazer unidade de ação contra o imperialismo ianque. Justamente no momento em que a Venezuela é alvo do Pentágono e da CIA, adota uma conduta que é a completa negação das lições nos legada por Trotsky da defesa incondicional da nação atrasada atacada pelo imperialismo estabelecendo uma unidade tática de ação com o governo, no caso, o regime nacionalista burguês de Maduro!
Lembremos que recentemente o PSTU mergulhou fundo de cabeça na farsa política do governo lacaio da Frente Ampla ter se convertido repentinamente em uma força “anti-imperialista” diante do aumento das tarifas de exportação a alguns produtos brasileiros, impostas pelo atual gerente da Casa Branca. Segundo o artigo de Mariucha Fontana (07.08.2025): “Nessa luta, devemos estar dispostos a fazer unidade de ação com todo mundo que se disponha a enfrentar o ataque, incluindo o governo Lula e quem mais queira participar”.
O PSTU defendeu a necessidade de estabelecer uma “unidade tática de ação” com Lula, justificada por um suposto ataque comercial do governo Trump ao Brasil, e que estaria ferindo a nossa “soberania nacional”. Chegaram a citar o exemplo clássico que Trotsky deu em relação a uma possível intervenção militar dos EUA no Brasil, no início de 1940, com a correta posição de ficar ao lado de Getúlio Vargas contra o imperialismo norte-americano. Todo esse “malabarismo teórico” dos Morenistas para criticar os “sectários que não enxergam a necessidade da frente única” neste momento de “exigências para que Lula rompa com os EUA”.
Enquanto Lula faz demagogia junto a população de “defensor da soberania nacional” e por trás das câmeras é um agente dos interesses das corporações econômicas imperialistas como revelou o encontro com Trump, o governo nacionalista burguês bolivariano enfrenta uma série de sanções criminosas impostas pelos EUA ao longo das últimas décadas.
Esses mesmos revisionistas, diante da ameaça concreta de um real ataque militar do imperialismo ianque contra a Venezuela (deslocamento da frota naval, marineres transitando para o Caribe, CIA em aberta operação no continente) negam-se fazer frente única de ação anti-imperialista com o regime nacionalista burguês chavista. Por isso dizem “Necesitamos movilizarnos para enfrentar la maquinaria de guerra imperialista con el poder de la clase trabajadora organizada. No tenemos ningún compromiso con los gobiernos burgueses de Maduro y Petro.”
Em resumo rompe com o ABC do Trotskysmo, que defendeu combater de armas na mão o imperialismo ianque quando se enfrentam no terreno militar com os governos semicoloniais. Fica evidente que os Morenistas se negam de fato a convocar a classe operária brasileira e internacional a cerrar fileiras em defesa da integridade territorial da Venezuela e de seu governo constituído, e negam-se a convocar o movimento de massas a ganhar as ruas exigindo a retirada imediata da frota naval de guerra dos EUA do nosso continente em unidade de ação com o regime nacionalista burguês chavista.
Os Trotskystas não podem hesitar nem por um momento em que campo militar devem combater no enfrentamento entre a Venezuela Chavista e o criminoso governo Trump, estaremos ao lado na nação imperializada contra o imperialismo ianque. Não podemos utilizar as críticas ácidas e justas que fazemos contra a política capitalista do presidente Maduro, como uma justificativa sórdida para defender a “neutralidade” diante deste conflito de dimensões continentais para toda a classe operária latino-americana.
Somente os ratos Morenistas da LIT/PSTU e afins, que emporcalham a bandeira da IV Internacional, não irão se colocar na trincheira da luta do país semi-colonial contra a ofensiva militar do imperialismo, assim como fizeram recentemente na Síria. Para estes vermes da esquerda revisionista, Maduro, Assad ou no passado Kadafi, deveriam mesmo ser derrocados pelas forças armadas dos EUA, porque seriam “ditadores”… mas o Pentágono, OTAN, CIA e o MOSSAD seriam organismos mais “democráticos” para esses revisionistas…
Reiteramos mais uma vez, que os Marxistas Leninistas da LBI nunca estabeleceram nenhum vínculo político ou material com o regime nacionalista burguês Bolivariano, porém sempre estiveram na linha de frente na defesa da Venezuela contra os diversos ataques que vem sofrendo pelo imperialismo ianque ao longo de quase três décadas.
