O governo da Rússia, que pouco ou nada fez em apoio militar a Resistência Armada Palestina nesta batalha desproporcional contra o genocida regime sionista de Israel, expressou hoje sua “esperança” de que o famigerado “plano de paz” de 20 pontos formulado pelo presidente imperialista dos EUA, Donald Trump, para a Faixa de Gaza “seja implementado e contribua para a paz na Ásia Ocidental”.
O Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez as declarações hoje à imprensa internacional. Peskov declarou: “A Rússia sempre apoia e acolhe qualquer esforço de Trump para pôr fim à tragédia que atualmente se desenrola”. O homem de confiança de Putin, acrescentou: “E, claro, queremos que este plano seja implementado e que contribua para uma conclusão pacífica dos eventos no Oriente Médio”.
O “plano de paz” de Trump e Netanyahu é completamente imperialista simplesmente porque deixaria a governança de Gaza nas mãos de um comitê tecnocrático supervisionado pelo “Conselho da Paz” (controlado por Trump e incluindo também o carniceiro Tony Blair) e, então, quando tudo estiver “atado e garantido”, deixá-lo nas mãos da traidora Autoridade Nacional Palestina, controlada por Mahmoud Abbas.
A declaração de Peskov de que “acolhe qualquer esforço de Trump para pôr fim à tragédia que se desenrola atualmente” é no mínimo sarcástica. O reacionário Republicano não está fazendo nenhum esforço para pôr fim a esta tragédia, Trump é um dos que a causaram, e se quiser pôr fim a ela, será de qualquer forma que lhe permita alcançar os seus interesses eleitorais espúrios e econômicos.
Por outro lado, fingir que o Hamas e toda a Resistência Armada Palestina se desarmarão com a implementação deste plano criminoso é um insulto à inteligência do movimento operário mundial. Por que a Rússia simplesmente não assina o plano de Trump para o conflito na Ucrânia e, posteriormente, até se desarma? O governo Putin, que se diz adversário do sionismo, deveria fornecer armas ao Hamas e não lhe pedir para aceitar o suicídio da anexação israelense sobre a Faixa de Gaza.