O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS) declarou na última segunda-feira(29/09) que ainda não revisou criteriosamente o chamado “plano de paz” do presidente Trump para o cessar-fogo em Gaza, mas que seus pontos declarados “estão próximos da visão israelense”. Mahmoud Mardawi, dirigente do Hamas, indicou que a organização guerrilheira ainda não recebeu o plano de paz por escrito de Trump para a Faixa de Gaza.
O comandante do movimento guerrilheiro palestino enfatizou que as disposições do plano de Trump são “Vagas e carecem de garantias”. Em relação à afirmação de Trump sobre a desmilitarização da Faixa de Gaza, Mahmoud afirmou que “As armas da Resistência nunca foram usadas para atacar civis , mas apenas pela liberdade e independência palestinas”. Criticando o plano, Mardawi indicou que o que aconteceu em Washington foi “Uma tentativa de sufocar o impulso internacional e o crescente reconhecimento do Estado palestino”.
Mardawi alertou que o Hamas não aceitará nenhuma proposta que não inclua o direito do povo palestino à autodeterminação e à proteção contra massacres sionistas.
A Jihad Islâmica Palestina também reagiu mal ao chamado plano de cessar-fogo de Trump para Gaza. O Movimento que integra a Resistência Armada Palestina rejeitou a proposta de trégua EUA-Israel como “Uma receita para incendiar a região”. A Jihad Islâmica observou que o plano anunciado por Trump e o Primeiro-Ministro israelense é “Um acordo EUA-Israel, expressando a posição integral de Tel Aviv”.
O gabinete de imprensa do Governo do Hamas em Gaza também rejeitou o plano, afirmando que ele não oferece uma solução justa ou duradoura. O organismo do Estado Palestino alertou que “O plano visa apenas legitimar a ocupação israelense e privar os palestinos de seus direitos nacionais, políticos e humanos”.
O Hamas vaticinou que a única maneira de pôr fim ao genocídio é: “Interromper os ataques de Israel, suspender o bloqueio a Gaza, pôr fim ao extermínio sistemático de palestinos e garantir seu direito de viver em liberdade e estabelecer um Estado independente”.