A fúria da famiglia Marinho contra a PEC das garantias democráticas para assegurar o direito da imunidade política para a atividade parlamentar, só pode ser comparada a histérica campanha da Globo contra o governo da presidente Dilma Rousseff, apoiando-se na reacionária ofensiva da Lava-Jato, ou melhor na “República de Curitiba”, arquitetada pelos rentistas globalistas Soros e Buffet. Agora o nível da ofensiva do rentismo internacional contra as liberdades democráticas no Brasil subiu de nível, se instalando diretamente em Brasília e instaurando uma ditadura do STF no país. Somado agora a turma da Neolava-Jato, Lula é apenas uma marionete da Governança Global do Capital Financeiro e um relés refém nas mãos do togado golpista, Alexandre de Moraes, o estafeta tupiniquim de Soros. É o velho estratagema de “gritar pega ladrão”, enquanto os bandidos de grosso calibre, como Buffet, Gates, Soros e Safra se refestelam no banquete neoliberal oferecido pelo governo burguês da Frente Ampla.
A chamada “PEC da Bandidagem”, uma iniciativa defensiva da direita parlamentar em relação a ofensiva bonapartista dos Ministros golpistas do STF, que simplesmente pretendem anular as prerrogativas e os direitos de livre manifestação política dos deputados e senadores, nada mais representa do que restabelecer um princípio jurídico já consagrado na própria Constituição de 1988.
O princípio democrático é bem claro, um parlamentar só pode ser investigado e julgado com prévia autorização do Congresso Nacional. A formulação original de 1988, embora limitada aos atos e palavras no exercício do mandato, tem por objetivo proteger o mandato contra qualquer retaliação por parte das instituições repressivas do Estado.
Como Marxistas Leninistas sabemos muito bem que o acesso ao parlamento da burguesia não tem uma via democrática, muito pelo contrário, requer uma enorme mobilização financeira por parte dos partidos políticos e de seus candidatos a deputados e senadores. Também estamos totalmente concientes que a totalidade do atual Congresso Nacional é neoliberal e corrupta até a medula, o que inclui o conjunto da bancada da exquerda burguesa(PT, PSOL, PCdoB) e todo espectro da direita, fracionada em vinte partidos desde a base do governo Lula até a oposição bolsonarista.
Porém não se pode confundir a composição ideológica do atual Congresso Nacional, que é 100% capitalista, com uma questão programática de fundo, como é o direito a plena imunidade parlamentar sobre posições políticas e discursos na tribuna da Câmara ou no Senado Federal. A supressão da imunidade parlamentar, ainda que hoje não existe um único congressista revolucionário em atividade, significaria um enorme retrocesso político do ponto de vista das garantias constitucionais.
A ofensiva reacionária do STF contra os direitos democráticos dos parlamentares não tem nada a ver com uma luta em defesa da “ética” ou de uma suposta “moralidade pública”, até porque a instituição mais corrupta do atual regime burguês é justamente a Suprema Corte, composta por um bando de golpistas que servem aos interesses das grandes corporações imperialistas do capital financeiro.
O cretinismo da exquerda reformista salta aos olhos na campanha contra a “PEC da Blindagem”. A famiglia Marinho que sempre acobertou criminosos de alto calibre, agora posa de paladina da “luta contra a corrupção”, atacando a PEC como um “paraíso para o PCC e o Comando Vermelho”, como se não fosse a progenitora das principais máfias que atuam no Brasil.
A sumária substituição das prerrogativas políticas dos parlamentares, por mais ladões e corruptos que estes sejam, pelas veleidades reacionárias e neofascistas dos Supremos togados golpistas(agora fantasiados de guardiões do “Estado de Direito”), não representa nada de progressista para o combate das massas proletárias pelo socialismo. O avanço da marcha neolavajatista no Brasil, deve ser frontalmente derrotada pela ação direta da classe operária, caso contrário estaremos reféns de um regime ditatorial do judiciário, uma das mais perigosas formas de ditadura de classe da burguesia.