LULA ESTÁ AO LADO DO IMPERIALISMO IANQUE: O TEATRO MONTADO POR TRUMP É PARTE DA ESTRATÉGIA DA CASA BRANCA PARA RECONDUZIR O DOMESTICADO PETISTA AO PLANALTO

NACIONAL

A esquerda reformista montou sua estratégia para reeleição do pelego Lula no maior teatro de enganação política nunca visto neste país. Primeiro o embuste de que o governo neoliberal da Frente Ampla pretendia taxar os ricos com o aumento da alíquota do IOF para pequenas aplicações financeiras e compras internacionais. Agora o presidente Trump realiza sua mais nova peça de encenação midiática para a América Latina: Taxar as exportações brasileiras para os EUA em 50%. Obviamente que se trata de uma ação combinada com o Itamaraty e que mais tarde será revogada (como todos os “disparates” trumpistas), já que esta ação prejudicaria muito mais aos interesses econômicos dos EUA do que do Brasil. Entretanto a “janela de oportunidades” foi aberta por Trump para Lula surfar na sua demagogia “nacionalista” e se apresentar como o grande defensor da “pátria e dos pobres”, potencializando sua campanha para reeleição que estava praticamente pré derrotada antes da “ajudinha” dada por Donald. Justamente Lula, o mais entreguista e pró-imperialista, que foi o único presidente do Brasil a entrar no apoio público de um candidato ianque nas últimas eleições dos EUA, seguindo as ordens da Governança Global do Capital Financeiro.

Para começar, é preciso caracterizar que a “metralhadora tarifária” de Trump representa muito mais uma peça de marketing político do que um instrumento de “artilharia econômica” para o imperialismo ianque. Posto essa premissa elementar de qualquer análise marxista sobre essa questão, podemos seguir afirmando que o atual governo Republicano não seria louco de passar a história como o responsável de dobrar o preço do café e do suco de laranja para os norte-americanos que consomem avidamente no seu mercado interno essas duas comodities brasileiras, isso sem falar nos desdobramentos inflacionários que impactariam em todo o setor alimentar dos EUA. Se trocarmos a posição, podemos facilmente verificar que o Brasil (Petrobras) poderá comprar derivados refinados de petróleo da Europa (Total francesa) a um preço bem mais barato do que compra neste momento da Texano e Exxon Mobil, por exemplo.

Café e Suco de laranja pelo lado brasileiro são os dois principais produtos de exportação para os EUA, na outra ponta Gasolina e Diesel são os ponteiros da exportação norte-americana para o Brasil. Caso ocorra uma quebra nesta desvantajosa “equação comercial”, cujo superávit é a décadas francamente favorável aos EUA, o Brasil poderia economizar cerca de 40 bilhões de dólares em apenas um ano. Então fica uma pergunta ao suposto “nacionalista” Lula , porque não rompe de vez com esse enorme “prejuízo” ao país, porque não refina em quantidade suficiente para abastecer o mercado interno o próprio petróleo extraído no Brasil e prefere comprar gasolina e diesel dos EUA? A resposta é muito simples, Lula não passa de mais um demagogo, que governa o país para os interesses do rentismo financeiro internacional

Obviamente que a pauta da balança comercial entre os dois países é bem maior do que os quatro produtos já citados, porém é bom dizer aos “incautos” lulopetistas que muitas mercadorias importantes economicamente já estavam sendo taxadas, como o aço. Outros itens exportados estão fora das “super tarifas” impostas por Trump (ainda que não sabemos se vingarão efetivamente), muitos produtos da indústria, porque são fabricados por empresas que tem sua matriz societária nos EUA, portanto são “nacionais” apenas geograficamente. Como já elaboramos em nosso livro sobre a suposta “guerra comercial” Trump, não vivemos na etapa histórica do mercantilismo (século XIX), estamos sob a égide do capital financeiro e sua Governança Global.

Não por acaso, o anúncio de Trump ocorre após a cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro. Em contraponto ao governo Trump, e alinhada com a Governança Global do Capital Financeiro e sua Nova Ordem Mundial, a declaração final da cúpula do Brics pediu uma reforma abrangente do covil da ONU, onde o peso dos EUA fosse drasticamente reduzido em favor do chamado “Sul Global”. Entretanto revelando toda a covardia das lideranças do Bloco, e particularmente a de Lula, rejeitou qualquer resolução que pudesse incomodar Washington, isentando os autores do bombardeio criminoso ao Irã e apoiando a existência do enclave sionista de Israel. A essência ideológica da reacionária proposta do “multilateralismo” é exatamente manter o decadente imperialismo ianque em pé, somado ao neoimperialismo chinês, com ambos coexistindo em harmonia.

Exatamente por isso, ou seja, a tentativa de reerguer uma nova coexistência pacífica mundial (uma reedição da velhos acordos de Yalta e Potsdam que sobreviveram até o final do século passado) não é nenhum exagero ou “delírio esquerdista” da LBI, como nos acusam os lulopetistas e apologistas dos Brics, asseverar que o Departamento de Estado dos EUA orientou diretamente Trump para favorecer politicamente Lula nas próximas eleições presidenciais com o anúncio das inócuas medidas tarifárias contra o Brasil, que não se sustentarão economicamente por muito tempo. Nada melhor para o neoliberal governo do PT, do que agora poder bancar o defensor dos “interesses nacionais contra o demoníaco Trump”. Para os midiotas reformistas, que pensam que os patetas bolsonaristas podem influenciar as ações políticas da Casa Branca, a realidade dos próximos períodos da luta de classes irá demonstrar o acerto das posições revolucionárias da LBI.