A ameaça de fechar o “Estreito de Ormuz” pretende ser a verdadeira “arma atômica” dissuasória do regime nacionalista burguês dos Aiatolás para retardar que o governo imperialista dos EUA se junte à ofensiva militar de ataques aéreos do enclave sionista de Israel. O “Estreito de Ormuz” conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã. Por ele transitam petroleiros e navios gaseiros da Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos (EAU), Iraque, Irã e Kuwait. De lá, transportam seus produtos através do Oceano Índico para países como Índia, China e outros da Ásia. Em 2023 mais de um quarto do petróleo mundial comercializado por via marítima transitou por essa rota comercial.
A ação de bloquear essa passagem importante pode causar atrasos econômicos significativos no fornecimento de insumos e aumentar os custos de transporte e, consequentemente, os preços globais da energia. Se o Irã decidir o fechamento e não for apenas temporário, mas se estender ao longo de todo o conflito militar, os custos financeiros poderão aumentar exponencialmente, desencadeando uma crise inflacionária com previsões muito piores do que a vivenciada em 2022.
Um provável fechamento dessa rota comercial aumentaria drasticamente a demanda das maiores economias capitalistas asiáticas, levando a aumentos de preços sem precedentes, o que também afetaria nações imperialistas europeias que atualmente dependem de outros mercados produtores de óleo cru.
O vice-Primeiro-Ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, alertou há apenas três dias atrás que a escalada do conflito e o fechamento deste canal poderiam elevar os preços do petróleo para US$ 300 o barril, o dobro de sua máxima histórica atingida em plena guerra imperialista.
No contexto de uma grave crise energética no horizonte, o governo Trump voltou a expressar preocupações sobre os próximos passos do imperialismo ianque nessa guerra: “Ninguém sabe o que vou fazer”, afirmou o bufão Republicano que parece hesitar em seguir as ordens do Deep State para atacar o Irã.