Nesta quarta-feira (18/06), o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual. Assim, o indicador passou de 14,75% ao ano para 15,00% ao ano. A decisão foi unânime, contando com defesa entusiástica do lulopetista Gabriel Galípolo, presidente da autarquia estatal. O juro base está no maior patamar desde junho de 2006, quando justamente era presidente Luiz Inácio, o grande “camarada” dos banqueiros internacionais e tupiniquins.
Esta é a sétima alta seguida da taxa de juros realizada pelo Banco Central. Em particular as últimas elevações da Selic foram operadas na presidência de Galípolo, indicado por Lula como seu “homem de confiança” para por fim a gestão bolsonarista dos “juros altos” no BC. Entretanto as críticas dirigidas contra Roberto Campos eram apenas mais demagogia populista do lulopetismo.
Com mais esse aumento, os juros reais se aproximam de 10% e estão entre os mais altos do planeta. De acordo com o ranking mundial de juros reais, elaborado pelo site Moneyou, com a Selic a 15% a taxa de juros real no Brasil atinge 9,53%, atrás apenas da Turquia (14,44%). Entre 40 países analisados, a média global de juros reais é de 1,67%. Entre os países, apenas 2,50% elevaram as taxas, enquanto 47,50% cortaram e 50% mantiveram o patamar.
Galípolo segue, igualzinho ao seu antecessor, impulsionando a plataforma neoliberal do governo burguês da Frente Ampla para cortar investimentos estatais e verbas de serviços públicos essenciais a população, como fica claro neste último comunicado: “O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.