Em mais um passo no pântano fétido do reformismo, o corrompido revisionista Valério Arcary vem fazendo campanha frenética para o que denomina de “esquerda radical” vote em Lula desde o 1º turno em 2026. Como é oriundo das fileiras desse espetro político e, mais particularmente do Morenismo, o dirigente da Resistência (PSOL) atua a soldo da gerência burguesa da Frente Ampla para fazer esse trabalho de “convencimento” das legendas (PSTU, PCB e UP) que em 2022 apoiaram Lula no 2º turno mas lançaram na época candidaturas próprias na etapa inicial da disputa.
Segundo o artigo “A esquerda radical deveria apoiar Lula desde o primeiro turno. Por quê?” (Esquerda OnLine, 03/12) é preciso dar um “passo à frente” em nome de “derrotar o fascismo” nas urnas! Como PCB, PSTU e UP irão votar novamente em Lula ao final da disputa eleitoral de 2026 e lançam de fato candidaturas auxiliares do PT apenas para “consumo interno” de sua militância, o “pragmático” Arcary deseja os “convencer” que seria melhor apoiarem Lula desde já para vencer a direita institucional.
A própria trajetória oportunista de Valério, do Morenismo (antiga CS/LIT) até agora, é a expressão dessa quebra política que desaguou no desbragado apoio ao Lulopetismo, beneficiando-se materialmente das verbas milionárias que o PT distribui aos seus serviçais úteis, como é o seu caso.
Não custa lembrar que o próprio PSTU sofreu recentemente uma ruptura (MPR) acusando a direção Morenista oficial de capitular ao Lulismo. Já em 2020 denunciamos que informações apuradas pelo Blog da LBI relatavam a esmagadora maioria do PSTU não só defendeu durante as discussões internas ter sido correto o voto na frente ampla burguesa no 2º turno como um setor importante desse espectro neoLuluista avaliou que foi um erro grave lançar a candidatura de Vera, mesmo sendo com perfil domesticado, identitário e linha auxiliar do PT.
Essa ala caracterizou que o fiasco eleitoral do PSTU, que ficou no vergonhoso último lugar entre os ‘nanicos’ reformistas (cujo arco incluía o PCB e a insignificante UP), foi produto da política supostamente ‘sectária’ e autoproclamatória de sua direção, copiando assim retardatariamente os passos do grupo de Valério Arcary.
Sentido o cheiro podre dessa tendência dentro do PSTU e afins, Valério declarou “A esquerda revolucionária está muito fragmentada e, muito provavelmente, deverá se dispersar em diferentes candidaturas à presidência. Três partidos – PSTU, Unidade Popular e PCB – estão legalizados, e já o fizeram em 2022 através de Vera Lúcia, Leo Péricles e Sofia Manzano. O desempenho foi muito modesto, seja na audiência da base social da esquerda durante a campanha, seja nas votações. Até agora não parece haver qualquer articulação para sequer tentar uma aproximação mútua”.
Com se observa Valério sabe que tem “audiência” dentro das três legendas e como um canalha a serviço do Lulopetismo atua para atraí-las logo no primeiro turno, quebrando até mesmo as formalidades protocolares de 2022. Para isso usa o argumento de que trata-se de um enfrentamento entre a democracia e o fascismo, encobrindo que Lula hoje é o candidato preferencial das grandes corporações capitalistas e dos rentistas frente ao moribundo clã Bolsonarismo que não tem apoio do imperialismo global!
A “ousadia” do pilantra Valério é tamanha que ele se volta até mesmo as organizações políticas sem legendas chanceladas pelo TSE, com olho em especial no PCBR de Jones Manoel que apoiou o PT, PSOL e o PSTU nas eleições municipais de 2024. Segundo ele “Outras organizações sem registro legal, e em diferentes estágios de construção, escolheram o campo de oposição de esquerda ao governo Lula, diferente do PSol que decidiu pela independência.”. Arcary tem noção que o PCBR irá votar em Lula no segundo turno e Jones Manoel deve solicitar legenda ao PSOL para concorrer a um posto parlamentar… portanto nada melhor que “negociar” essa troca de favores!
Ainda segundo ele “Apresentar candidaturas no primeiro turno só faz sentido se for para criticar o governo Lula. Existem razões justas para fazer essas críticas, mas elas devem ser apresentadas no interior do campo de defesa do governo Lula contra a extrema-direita, não exterior. O argumento de que é possível e seria mais eficaz a delimitação contra Lula pela esquerda, sem prejudicar a luta contra o neofascismo é uma teimosia ingênua. A aposta no ‘antipetismo pela esquerda’ já foi testada e condenada a invisibilidade”.
Como vemos Valério quer subordinar todo arco político reformista e revisionista da esquerda ao Lulismo já no 1º turno porque sabe que esse espectro que chama de “esquerda radical” no fundo faz parte da grande família de colaboração de classes! Ele é a prova viva disso, nessa tarefa venal demonstra a completa decomposição política e ideológica de um revisionista corrupto!
