O Hamas rechaça a resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada ontem (17/11), e apoiada pelos governo dos EUA, por não respeitar os direitos do povo palestino e por impor uma força internacional imperialista em Gaza. A aprovação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) do projeto de resolução apoiado pelos EUA para criar uma força internacional na Faixa de Gaza gerou uma forte reação negativa do Movimento de Resistência Armada Palestina, o Hamas.
“A resolução do Conselho de Segurança não só ignora as demandas e os direitos políticos e humanos do povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza, como também impõe um mecanismo de tutela internacional sobre o território, o que é rejeitado pelo nosso povo, forças militares e organizações políticas “, condenou o Hamas em um comunicado público divulgado na manhã de terça-feira. Entretanto o consórcio mundial da mídia corporativa vem noticiando exatamente o contrário.
O Movimento da Resistência Palestina denunciou a resolução, afirmando que ela “Impõe um mecanismo para cumprir os objetivos dos ocupantes, apesar de seu fracasso em alcançá-los por meio de sua guerra brutal e destrutiva”, e acrescentou que ela “isola Gaza do restante do território palestino e tenta impor realidades que ignoram os princípios fundamentais e os direitos legítimos do nosso povo”.
O texto aprovado pela ONU, que recebeu 13 votos a favor e as covardes abstenções da Rússia e da China, apoia a segunda fase do plano imperialista de 20 pontos de Trump, que alcançou um “cessar-fogo” temporário em outubro, após dois anos da guerra de libertação nacional palestina.
A direção do Hamas, por fim alertou que: “Atribuir funções às forças internacionais em Gaza, incluindo a desmilitarização da Resistência, mina sua imparcialidade e as transforma em atores no conflito que apoiam a ocupação israelense”.
