A 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30) começou nesta segunda-feira (10/10) em Belém (PA). A Cúpula de Líderes realizada dias antes tinha indicado o eixo das decisões tomadas pela Governança Global do Capital Financeiro: acelerar a “transição energética” através do financiamento pelos fundos rentistas controlados pelo Fórum de Davos (como o BlackRock), acusando o suposto “aquecimento global” provocado pelo uso “irresponsável” de Hidrocarbonetos pelos humanos e na produção industrial, no transporte… de ser o culpado por colocar o planeta em risco existencial via o aumento da temperatura da terra.
Com um monopólio virtual da mídia corporativa, bem como das redes sociais, o pesado lobby contra o suposto aquecimento global foi capaz de levar grande parte do mundo a supor que o melhor para a humanidade é eliminar os hidrocarbonetos, incluindo petróleo, gás natural, carvão e até mesmo a eletricidade nuclear até 2050, o que “esperançosamente” poderia evitar um aumento de 1,5 a 2 graus Celsius na temperatura média mundial.
Só existe um problema com isso, trata-se da cobertura de uma operação fraudulenta do grande capital, não a preocupação sincera dos monopólios imperialistas com a vida da população no planeta.
Essa tese farsante unifica Lula, a exquerda reformista e os revisionistas do Trotskysmo, verdadeiros papagaios da Governança Global do Capital Financeiro. Segundo o petista “Não faz sentido, ético ou prático, demandar a países em desenvolvimento que paguem juros pra combater o aquecimento global”. Tanto que defende que se atue contra o que chamou de “negacionismo climático” em um ataque aberto aos cientistas que questionam essa farsa! Por fim, Lula critica as metas pouco ambiciosas até financiamento insuficiente, convocando os líderes da COP30 para a “Ação de Belém pelo Clima”, no qual defende um novo impulso global para enfrentar o suposto aquecimento do planeta.
A exquerda reformista defende que a COP30 exija dos países que ainda não apresentaram suas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) que o façam com ambição alinhada à meta de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 °C.
Os revisionistas do Trotskysmo replicam o mesmo discurso. A LIT afirma “No âmbito da COP30, os países deveriam apresentar novas NDCs para 2035, pois o estabelecido pelo acordo exige que as metas sejam progressivamente mais rigorosas e alinhadas ao objetivo central de limitar o aquecimento global a 1,5 °C. No entanto, no prazo oficial, estabelecido para 10 de fevereiro de 2025, apenas 13 países apresentaram suas NDCs e até meados de setembro, chegou a apenas 34 países que representam cerca de 24 % das emissões globais” (06/10). O PTS argentino e seu grupo satélite no Brasil aponta na mesma tonada “A previsão da ONU é de que a marca de aquecimento de 1,5 graus será ultrapassada inevitável e sustentadamente em algum ponto dos próximos anos e ganhará mais força diferentes formas de nacionalismo climático. As COPs partiam da premissa utópica que as corporações e empresas poderiam, voluntariamente, mudar suas atividades e assim diminuir o ritmo de aumento do aquecimento global. Essas premissas estão em crise. As catástrofes climáticas, cada vez mais frequentes com o aquecimento global, são também impulsionados pela guerra e o genocídio. Segundo cálculos aproximados, já que as emissões de gases dos complexos industrial-militar das potências não é divulgado, estima-se que estes respondem por até 7% das emissões totais.” (Esquerda Diário, 09/10).
Será que Lula, a exquerda reformista e os revisionistas do Trotskysmo, repetidores do mantra do iminente colapso da vida humana em virtude das “mudanças climáticas”, ao menos sabem que o planeta Terra é o único corpo celestial sem luz própria do universo inteiro que é aquecido internamente? Dentro das particularidades do nosso planeta no interior do universo amplo (não somente em nossa galáxia), pelo menos até agora descobertas pela ciência da astrofísica com seus possantes telescópios espaciais, a primeira é o seu infraaquecimento, ou seja, a temperatura terráquea é produto de uma combinação da radiação solar com uma rotação do núcleo central do planeta, que desprende energia própria.
O planeta Terra passa por períodos de maior aquecimento, que são denominados interglaciais, e períodos mais frios, que são chamados glaciais. Nesse momento da etapa do planeta, nós estamos passando por um período interglacial. E nesse período interglacial, de acordo com registros geológicos históricos, desses testemunhos físicos que vêm dos oceanos e das geleiras, o último período glacial ocorreu há 18 mil anos atrás. Essas mudanças climáticas estão associadas com variações orbitais da Terra em relação ao Sol, e também com o nosso desconhecido núcleo, não podem ser transformadas pela “vontade humana”.
Para “esclarecer” aos papagaios de plantão da pauta do Consórcio Mundial da Mídia Corporativa, podemos afirmar com absoluta convicção teórica: o aquecimento global do planeta (e tampouco seu resfriamento) não tem macro relação com a atividade econômica humana, antrópica. Falando mais claramente, não pode ser determinado pela emissão do gás carbônico, seja das indústrias e veículos que utilizam energia fóssil (Hidrocarbonetos), ou da flatulência dos bovinos!
O clima da Terra está em constante mudança, correlacionado a mudanças na emissão de erupções solares ou ciclos de manchas solares que afetam diretamente o clima da Terra. Por volta da viragem do milênio, quando o ciclo anterior de aquecimento causado pelo sol não era mais “convivente” para causar pânico, o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, e outros imperialistas mudaram a narrativa em uma prestidigitação linguística de “Aquecimento Global” para “Alterações Climáticas do Aquecimento Global”.
Agora, a narrativa do medo se tornou tão absurda que todo evento climático estranho é tratado como “crise climática”. Cada furacão, tempestade de Inverno ou seca, é reivindicada como prova de que os “Deuses do Clima” estão a punir a nós, seres humanos “pecadores”, por emitirmos CO2…
Toda a razão da transição para fontes de energia alternativas, como solar ou eólica, e para o abandono das fontes de energia carbônicas, é a alegação utilizada por Davos de que o CO2 é um “gás de efeito estufa que de alguma forma sobe para a atmosfera, onde forma uma capa que supostamente aquece a Terra: o Aquecimento Global”.
O que quase nunca se diz é que o CO2 não pode ascender na atmosfera a partir do escape de um carro ou de centrais termoeléctricas a carvão ou de outras origens feitas pelo homem. O dióxido de carbono não é carbono ou fuligem. É um gás invisível e inodoro essencial para a fotossíntese das plantas e todas as formas de vida na Terra, incluindo nós. O CO2 tem um peso molecular de pouco mais de 44, enquanto o ar (principalmente oxigénio e nitrogénio) tem um peso molecular de apenas 29. O peso específico do CO2 é cerca de 1,5 vezes maior que a do ar. Isso sugeriria que o CO2 dos gases de escape de veículos ou de centrais eléctricas não ascendem na atmosfera cerca de 12 milhas [19,3 km] ou mais acima da Terra para formar o temido efeito estufa.
Ao mesmo tempo, o carvão mineral, a maior fonte de energia elétrica, está sendo eliminada para alcançar as tais emissões líquidas zero de carbono. Indústrias tradicionais com uso intensivo de energia, como aço, alumínio, produção de vidro, produtos químicos básicos, fabricação de papel e cimento, estão enfrentando custos crescentes, deslocalizações e perda de milhões de empregos qualificados. A ineficiente energia eólica e solar, hoje custa cerca de 7 a 9 vezes mais do que o gás natural.
Segundo os rentistas que defendem a agenda Carbono Zero, isto é exatamente o que desejam: a desindustrialização das economias mais avançadas, uma estratégia calculada desde algum tempo para provocar o “colapso das civilizações industrializadas”. Esta é exatamente a agenda de hoje, conhecida como Grande Reinicialização (Great Reset).
Em oposição a exquerda domesticada e os revisionistas do Trotskysmo, os Marxistas Revolucionários desmascaramos os charlatões que através do chamado “ecossocialismo” não fazem mais que reforçar a tese revisionista de que o proletariado está superado como direção política da revolução socialista apresentando as “novas vanguardas” (verdes, luta de gênero) como eixo principal da “utopia” de uma “economia sustentável”.
Todos eles negam ou “esquecem” que o conceito de forças produtivas elaborado por Marx, engloba fundamentalmente a força de trabalho, ou em outras palavras, o proletariado, a força produtiva principal. Em uma sociedade que condena a maioria da população, inclusive nos países imperialistas, à miséria absoluta as forças produtivas efetivamente deixaram de crescer e só podem voltar a fazê-lo através da Revolução Proletária para garantir a existência da humanidade em harmonia com a Natureza em um futuro comunista. Portanto a tarefa dos comunistas é denunciar a COP30 e a farsa do “aquecimento global”!
Reafirmamos que as grandes mudanças climáticas da Terra seguem um curso cíclico do planeta, suas eras milenares não podem ser alteradas em maior escala pela história viva da humanidade, ou pelo menos até que o imperialismo decida “estourar” o globo com uma explosiva hecatombe nuclear… Porém esse desastre cada vez mais iminente que nos ameaça, só poderá ser evitado pela senda da Revolução Socialista Mundial!
