O presidente de Burkina Faso denuncia o apoio das potências imperialistas, lideradas pelos Estados Unidos, a falanges terroristas que saqueiam os países africanos. “O que temos na África não é terrorismo, é o imperialismo”, afirmou o capitão Ibrahim Traoré, em uma forte reação explícita às recentes ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de lançar uma intervenção militar na Nigéria sob o pretexto de combater o que a Casa Branca chamou de “assassinatos de cristãos por grupos extremistas”.
De acordo com a liderança nacionalista representada por Traoré, a violência social que afeta seu país e todo o continente africano não é terrorismo, mas uma forma de imperialismo destinada a roubar os recursos naturais da região, conforme declarações dadas pela chancelaria de Burkina Faso a alguns meios de comunicação neste domingo.
O comandante militar de Burkina Faso explicou que grupos ultra -reacionários, como o Daesh e o Boko Haram, são todos patrocinados por países imperialistas para desestabilizar a região e impedir seu desenvolvimento econômico. “São os instrutores deles que ensinam os terroristas a operar drones. O objetivo deles é nos manter em um estado permanente de guerra, para que não possamos nos desenvolver e continuemos a financiá-los com nossos recursos”, afirmou o líder anti-imperialista.
Traoré, de 37 anos, é o segundo chefe de Estado mais jovem do mundo, depois da Primeira-Ministra da Islândia, Kristrun Frostadottir. O jovem líder nacionalista se posicionou como um dos principais defensores da Resistência Palestina na África e atualmente representa a face política da Aliança dos Estados do Sahel (AES), um bloco regional antiocidental e anti-imperialista formado no ano passado com Mali e Níger.