O presidente pelego Lula afirmou nesta sexta-feira (05/09) que o “Brasil não tomará lado no conflito entre Estados Unidos e Venezuela”. Mais de 4.000 militares ianques e vários navios de guerra (incluindo um submarino nuclear) foram deslocados para a costa da região do Caribe, próxima à costa venezuelana. “O Brasil vai ficar do lado em que sempre esteve: do lado da paz”, afirmou o o líder petista, um capacho servil do imperialismo, em entrevista hoje ao SBT.

A demagogia populista que o governo neoliberal burguês da Frente Ampla está fazendo da suposta defesa da “soberania nacional” frente as investidas do governo Trump contra as exportações brasileiras, cai por terra quando o cretino Lula sequer se posiciona a favor de uma nação irmã atacada pelo imperialismo: “Se tem divergência entre duas nações, não tem coisa melhor, mais barata, para se resolver do que sentar numa mesa de negociação e conversar”.
A falsa “neutralidade” do governo burguês de Lula na verdade é uma cumplicidade com o imperialismo ianque. Não esqueçamos que enquanto a Casa Branca organiza a provocação militar contra o regime nacionalista burguês, encabeçado por Nicolas Maduro, a CIA enviou em agosto um de seus aviões “espiões” ao Brasil, recebendo autorização do governo neoliberal da Frente Ampla para aterrissagem em nosso território. Essa colaboração na área militar com o Pentágono não é propriamente uma “novidade”, entretanto no momento da maior demagogia populista da Frente Ampla em torno da suposta “defesa da soberania nacional”, colaborar diretamente com as ações provocadoras da Casa Branca contra uma nação irmã, é absolutamente repugnante.
Longe denunciar a posição de alinhamento da gerência da Frente Ampla com a Casa Branca, a exquerda como o PSOL e PCB, fazem patéticos apelos a Lula, como na tal “Carta ao Presidente Lula e ao Chanceler Mauro Vieira sobre ameaça militar dos EUA à Venezuela” que estes partidos subscreveram junto com outras entidades como o MST: “Diante desse cenário, apelamos ao governo brasileiro para que, com base nos tradicionais laços de amizade que unem os dois povos e as duas nações, manifeste explicitamente seu apoio à Venezuela, reafirmando o compromisso com a paz, a cooperação e o respeito à soberania desse país irmão. A busca pela harmonia e o fortalecimento dos laços diplomáticos devem ser sempre as prioridades nas relações internacionais”. Parece piada suplicar que Lula “manifeste explicitamente seu apoio à Venezuela” quando o governo brasileiro sequer reconheceu a vitória eleitoral de Maduro e vetou a adesão da Venezuela aos BRICS, ou seja, se posicionou explicitamente ao lado da Casa Branca contra o regime nacionalista burguês de Maduro.
Devemos denunciar amplamente a posição pró-imperialista do governo Lula. Não podemos se omitir diante desta verdadeira provocação do “Grande Amo do Norte” contra um país soberano da América Latina, por maiores que sejam nossas diferenças programáticas com o regime nacionalista burguês, hoje presidido por Nicolas Maduro. Desgraçadamente enquanto a exquerda reformista proclama os “atritos comerciais” aduaneiros entre os governos Trump e Lula como sendo uma “grande luta patriótica” do governo da Frente Ampla, simplesmente deixa passar incólume essa agressão norte-americana contra um país imperializado e não denunciam abertamente o governo Lula&Alckmin, se limitando a inúteis apelos que servem apenas para proteger a subserviente gerência da Frente Ampla.
Ao combater a posição do “Lulacaio”, que ficou “de quatro” diante do imperialismo ianque, desde a LBI chamamos a vanguarda classista e internacionalista a não hesitar nem por um momento em que campo militar devem combater no enfrentamento entre a Venezuela Chavista e o criminoso governo Trump. Convocamos todos os lutadores a estarem ao lado na nação imperializada contra o imperialismo ianque. Não podemos utilizar as críticas ácidas e justas que fazemos contra a política capitalista do presidente Maduro, como uma justificativa sórdida para defender a “neutralidade” diante deste conflito de dimensões continentais para toda a classe operária latino-americana. A classe operária brasileira e internacional devem cerrar fileiras em defesa da integridade territorial da Venezuela e de seu governo constituído, convocando o movimento de massas a ganhar as ruas exigindo a retirada imediata da frota naval de guerra dos EUA do nosso continente!