O REGIME TERRORISTA DA SÍRIA NÃO CONSEGUE GOVERNAR O PAÍS: AL-GOLANI É UMA MARIONETE DO IMPERIALISMO SEM PODER ALGUM…

INTERNACIONAL

O terrorista que deu um golpe de Estado, Al-Golani, tem sido incapaz de governar a Síria em meio a uma “nova” guerra civil. Sua aliança “heterogênea” está repleta de contradições decorrentes de interesses díspares baseados em seita, etnia e fundamentalismo. Golani também não demonstra muito interesse no futuro da administração governamental do novo regime. Apoiado no poder pelos Estados Unidos, Israel e Turquia, o fundamentalista islâmico se dedicou a massacrar minorias, primeiro os curdos no norte, depois os alauítas na costa e agora os drusos no sul, além é claro de tentar aniquilar o Hezbollah.

Para atacar Sweida, al-Golani está utilizando um contingente sunita da província vizinha de Daraa, na fronteira com a Jordânia, tribos beduínas que se estabeleceram ao redor de Sweida e as forças armadas do regime, que são compostas por 40% de terroristas estrangeiros (metade dos quais são uigures da China e do Paquistão, e o restante, afegãos, chechenos e daguestaneses, entre outros). Outros 40% são terroristas locais leais a al-Golani, que lutaram ao seu lado e permaneceram armados enquanto controlavam a província de Idlib, no norte, contra al-Assad. Os 20% restantes são membros de grupos armados de diversas tribos e movimentos muçulmanos que o apoiam, totalizando uma força de até 60.000 homens.

O objetivo dos ataques do governo terrorista a Sweida é legitimar a intervenção israelense na Síria sob o argumento infantil de que os beduínos e as tribos da província ameaçam a segurança e a tranquilidade do país. Na realidade, nesse tipo de lealdades e traições mútuas, é al-Golani quem manipula esses beduínos para gerar tal instabilidade, cumprindo assim as ordens de Washington e Tel Aviv. O atual governo sírio não tomou uma única ação contra a flagrante intervenção militar sionista no país.

No contexto deste conflito complexo, Sweida tornou-se um pilar fundamental dos interesses dos atores internacionais que convergem na região: Israel deseja construir uma zona de segurança no território palestino ocupado, que apelidou de “Corredor de David”, e os Estados Unidos, por sua vez, buscam tomar os ricos campos de petróleo da região. A Turquia pretende construir oleodutos e gasodutos, todos passando por seu território, o que poderia gerar enormes receitas para Ancara.

Mas os interesses dos Estados Unidos e de Israel vão mais além. Seu objetivo estratégico é desmembrar a Síria, criando quatro microestados com motivações raciais e religiosas que justificariam a existência étnica, racista e supremacista da entidade sionista. Esses pequenos estados, facilmente controláveis, especialmente se “líderes” como al-Golani, leais a Washington e Tel Aviv, forem instalados em seus governos, tornariam possível a concretização dos planos dos EUA e dos sionistas na região para executar o plano expansionista de criar o “Grande Israel” e moldar o que eles chamam de novo mapa da Ásia Ocidental.

Uma visão marxista ampla da questão deverá levar à conclusão de que os recentes eventos em Sweida não podem ser vistos apenas de uma perspectiva local, acima de tudo, devem ser entendidos como parte do interesse dos Estados Unidos em prejudicar a Rússia e confiscar o petróleo da região, do interesse de Israel em construir seu Corredor de David para se dotar de um anel de segurança que fragmentaria ainda mais o mundo árabe e do interesse da Turquia em lucrar com seus oleodutos multifuncionais e alcançar um papel de liderança regional que a reconheceria como líder dos muçulmanos.

Este plano imperialista para a Síria só não foi executado plenamente devido à feroz oposição militar do Irã e do movimento de Resistência Armada no Iraque, Líbano(Hezbollah), Iêmen e outras organizações, que por meio de seus povos árabes se opõem ao projeto sionista.