BALANÇO DA GUERRA DOS 12 DIAS: “CESSAR-FOGO” NÃO REPRESENTOU UMA VITÓRIA DO IRÃ. ISRAEL CONTINUANDO DE PÉ SIGNIFICA UMA DERROTA PARA OS POVOS ÁRABES E PERSAS!

INTERNACIONAL

A recente “Guerra dos 12” dias entre o Irã e Israel revelou uma capacidade de mísseis iranianos que surpreendeu até os comandantes mais experientes de do Mossad em Tel Aviv. Entretanto a nação persa esteve bem distante de ganhar o conflito militar contra Israel, como afirmam agora os apologistas da “multipolaridade”. A falta do apoio concreto da Rússia, isto sem falar da China que só faz “cálculos comerciais” e nunca apoiou efetivamente um país oprimido pelo imperialismo, tornou o objetivo dos Aiatolás de “varrer do mapa” Israel uma realidade intangível, diante da enorme superioridade bélica sionista, que representam a segunda força militar do planeta, atrás apenas do seu provedor imperialista norte-americano. Porém o regime nacionalista burguês iraniano não foi derrocado, assestou golpes letais no inimigo dos povos muçulmanos e mostrou capacidade de sobrevivência política mesmo sendo atacado pelas duas maiores potências militares do planeta. Como Marxistas Revolucionários nossa análise se baseia no materialismo histórico dialético e não em demagogia populista, do pior tipo reformista. Somos obrigados a dizer a verdade para a classe operária internacional, o “cessar-fogo” mediado por Trump, que seguiu a lógica mundial dos interesses do capital financeiro no Irã (sim o país persa é capitalista e apesar das sanções recebe pesados investimentos financeiros da Governança Global), não significou uma vitória para o Eixo da Resistência, ao contrário, foi mais um passo atrás diante da ofensiva sionista!

Nós da LBI, que estivemos desde o primeiro momento incondicionalmente no campo do Irã, sem os truques do “jornalismo descritivo” da esquerda revisionista, não podemos corroborar com o balanço ufanista da guerra, elaborado pelo regime burguês persa. Na avaliação do Líder Supremo Aiatolá Ali Khamenei, ocorreu uma “vitória esmagadora” do Irã sobre Israel: “O regime sionista foi quase derrubado e esmagado pelos golpes da República Islâmica do Irã”. Embora reconheçamos como muito progressivo o desejo de Khamenei em esmagar o enclave sionista, este objetivo esteve concretamente muito distante de ser alcançando somente com o lançamento dos mísseis balísticos iranianos sobre as cidades de Israel.

As forças sionistas obviamente tem outra avaliação da guerra, e muito menos triunfalista do que o regime nacionalista burguês dos Aiatolás. Admitem que o progresso nuclear do Irã foi atrasado por apenas alguns meses e principalmente que os mísseis iranianos causaram enormes danos à infraestrutura civil e militar de Israel. Segundo o “insuspeito” jornal Haaretz, até a Resistência Armada do Hamas em Gaza recuperou força de ataque, evidenciado pelas inúmeras baixas militares israelenses.

Nesse cenário de “impasse”, nem vitória e tampouco uma clara derrota da nação oprimida, o objetivo estratégico do Deep State Global é aproveitar a pressão infligida ao Irã para cooptar o regime nacionalista burguês, forçando-o a “cooperar” com a penetração das corporações imperialistas no país, na busca de uma “paz estável” com o gendarme sionista.