Em seu novo mandato Trump midiaticamente retomou a suposta “guerra comercial” com muito mais vigor do que nunca, na esperança de que a burguesia industrial ianque o visse como o “salvador da pátria”, o que justamente não aconteceu. Como nós da LBI vimos afirmamos em dezenas de artigos, tanto a economia capitalista dos EUA, como a da China tem o mesmo “investidor” apátrida, estamos obviamente falando da Governança Global do Capital Financeiro. Por isso mesmo a badalada “guerra comercial” não passou de um mero “tiro de festim”, e agora os dois governos burgueses, súditos do rentismo internacional, chegam a um “bom acordo”.
Porém Trump buscou também uma boa plataforma xenófoba doméstica para fazer demagogia, e fez a mesma manobra com outro de seus “campos de batalha” a imigração, acreditando que o resto dos povos do mundo implorariam para cruzar as fronteiras dos EUA.
Agora, a sua rede social, “Truth Social”, anuncia um pleno acordo com a China, o imaginário inimigo econômico principal, que Trump apresenta como uma vitória para soerguer o capitalismo norte americano. No entanto, para Trump, todas suas vitrines midiáticas vazias são sempre uma vitória da Casa Branca.
Até o momento, o que realmente Trump conseguiu minimamente impedir foi o fechamento de muitas fábricas, especialmente as militares, porque a China concordou em retomar as exportações de minerais de terras raras para os Estados Unidos.
Este “acordo geral”, anunciado pela mídia trumpista ainda precisa ser assinado pelo presidente chinês, Xi Jinping, e não se trata apenas de uma questão comercial, mas também de segurança tecnológica e independência industrial para o “gigante asiático”.
Naturalmente, para aliviar as tensões, os Estados Unidos tiveram que se comprometer a facilitar a admissão de estudantes chineses em universidades americanas. O governo de Pequim também espera que Washington suspenda certas restrições à exportação de tecnologia americana para a China.
O acordo comercial parece mais uma trégua na qual os Estados Unidos acreditam que o tempo estará a seu favor. Mas a China já “mostrou os dentes” diante da decadência do imperialismo ianque, revelando que é candidatíssima a sediar a capital da Governança Global do Capital Financeiro.
