Como afirmamos em nossa elaboração nos últimos anos, o “Deep State” ianque não é mais uma simples estrutura policial clandestina no interior da estrutura do Estado capitalista norte-americano. Converteu-se em um organismo de “inteligência” e repressão global, completamente autônomo do governo imperialista de turno na Casa Branca. Agora é o próprio presidente Trump que confirmou na prática nossa elaboração marxista, quando busca desarticular o comando institucional do Deep State, que atua para inviabilizar seu seu segundo governo, assim como fez em seu primeiro mandato. Donald Trump e o Secretário de Estado Marco Rubio embarcaram em uma reestruturação abrangente do Conselho de Segurança Nacional (NSC) para transferir muitos de seus poderes para os Departamentos de Estado e de Defesa, argumentando que: “Sua estrutura representa o Deep State”.
De acordo com assessores da Casa Branca envolvidos no planejamento, a campanha contra o Deep State foi lançada porque o governo Trump considera: “O NSC notoriamente está cheio de funcionários que não compartilham a visão do presidente”. A reorganização da agência seria “a mais recente iniciativa” de Trump e Marco Rubio contra o que eles veem como as marcas do Deep State em Washington.
O próprio Secretário de Estado esclareceu que: “A reestruturação do NSC é consistente com seu propósito original e com a visão do presidente Trump”. Essa significativa mudança na equipe diretiva do NSC ocorre após a demissão do ex-conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, cujo cargo foi assumido por tempo indeterminado por Rubio.
Neste confronto intestino de Trump contra o Deep State, uma de suas metas é o “enfraquecimento” da OTAN, que ao que tudo indica está atualmente completamente fora do controle da Casa Branca. Essa “inflexão” na política internacional do governo reacionário de Trump, fez até com que o presidente declarasse no último sábado que: “Washington reorientará sua política externa”, prometendo demagogicamente que “O país deixará de disseminar a democracia sob a mira de uma arma”.
Como nos ensinou Lenin, quando as frações das classes dominantes se enfrentam, é uma grande oportunidade política para a intervenção independente da classe operária mundial.