O candidato antiotanista George Simion, derrotado em uma escandalosa fraude no segundo turno das eleições presidenciais da Romênia realizadas neste último domingo, anunciou nesta quarta-feira seu pedido ao Tribunal Constitucional para anular os resultados das eleições totalmente manipuladas pelo imperialismo europeu. “Solicito oficialmente ao Tribunal Constitucional a anulação das eleições presidenciais romenas. Pelos mesmos motivos que anularam as eleições de dezembro: interferência externa de atores estatais e não estatais”, escreveu George em sua conta no X (antigo Twitter).
O político nacionalista burguês é radicalmente crítico da União Europeia e da OTAN, afirmou que a interferência foi “comprovada com evidências” e lembrou que “Nem a França, nem a Moldávia, nem ninguém tem o direito de interferir nas eleições de outro Estado soberano”.
George também pediu ao povo romeno que se juntasse à petição para que o tribunal “anule esta farsa”. “Não nos renderemos nem trairemos! Este é apenas o começo de uma grande vitória!”, enfatizou Simion em sua corajosa mensagem.
O fundador do Telegram, Pavel Durov, por sua vez, republicou a mensagem de Simion, comentando que ele está “pronto para ir à Romênia para dar testemunho da fraude, se isso ajudar a democracia romena”.
No domingo, Durov denunciou interferência nas eleições romenas, alegando que o chefe da Inteligência Francesa, Nicolas Lerner, pediu que ele interferisse nas eleições. Em detalhes, o Pavel relatou que o alto funcionário pediu que ele bloqueasse vozes “conservadoras” antes das eleições no país dos Balcãs. Por sua vez, a França rejeitou as acusações de que Paris tentou interferir nas eleições presidenciais romenas, chamando-as cinicamente de “totalmente infundadas”.
Vários dias antes, Simion acusou Macron de interferir no segundo turno das eleições, acusando-o de ter “tendências ditatoriais”. “O embaixador francês, Nicolas Warnery, se encontrou com o presidente do Tribunal Constitucional, que anulou os resultados das eleições romenas”, declarou o candidato à imprensa francesa na última quinta-feira, referindo-se à decisão do tribunal romeno em dezembro passado de cancelar as eleições devido à suposta interferência russa.
O candidato que pretende desarticular a OTAN em seu país, e por isso foi considerado de “extrema direita”, culpou a França e a União Europeia por estarem por trás da decisão, que ele chamou de “Golpe de Estado”. Simion também denunciou que, durante a campanha eleitoral, o embaixador francês “viajou por todas as regiões do país” para convencer líderes empresariais a apoiarem seu rival, o atlantista Nicusor Dan.
Como já afirmamos em centenas de publicações, com farta comprovação política, as eleições burguesas são controladas em todo planeta pela Governança Global do Capital Financeiro, que no século XXI transformou a democracia formal e a soberania do voto popular em uma peça de ficção ideológica. Somente os tolos e a esquerda domesticada pelo capital podem acreditar na “ética” das classes dominantes que controlam todas as entranhas do Estado capitalista, particularmente as instituições jurídicas e militares. No último final de semana, na Romênia vimos simplesmente mais um descarado “capítulo” desta “farsa democrática”, a qual a Social Democracia (lulopetismo e afins) afirma ser seu objetivo estratégico.