LULA E A EXQUERDA REFORMISTA CELEBRAM O “IMPERIALISMO SOLIDÁRIO E PACÍFICO” DA CHINA: VEJAM A QUE PONTO A CORRUPÇÃO IDEOLÓGICA E MATERIAL DESSA ESCÓRIA SOCIAL DEMOCRATA PODE CHEGAR!

INTERNACIONAL

O velho pelego da colaboração de classes, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta última segunda-feira (12/05), em Pequim, uma nova onda de investimentos financeiros chineses no “gigante adormecido” latino-americano, totalizando 27 bilhões de reais ou mais de 5 bilhões de dólares. O anúncio foi feito com grande estardalhaço midiático após um fórum empresarial que reuniu burocratas e capitalistas chineses e quase 200 burgueses brasileiros. O montante financeiro dos supostos “investimentos” chineses é proporcionalmente inverso ao grande espaço dado pelo consórcio da mídia corporativa ao “negócio da china” celebrado pelo governo da Frente Ampla. Entretanto o modesto valor da transação sino-Brasil corresponde ao fato do proto-imperialismo chinês ainda buscar seu espaço econômico na divisão internacional das forças produtivas como uma força secundária, tentando vender seus carros elétricos sucateados além de garimpar oportunidades “generosas” na área da mineração, agricultura e energia nos continentes africano e latino-americano.

O “acordo” inclui o aumento do comércio de etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, a entrega de uma mina de cobre em Alagoas e a expansão de Usinas Eólicas no Piauí. Lula, que não é bobo e levará uma “ponta” nos negócios, participou diretamente das negociações com os “investidores“ chineses. O lulopetismo tentou camuflar os prejuízos da negociação para o Brasil com o selo da produção de “energia renovável”. A verdade é que o acordo beneficia diretamente latifundiários e grandes burgueses, a começar pela oligarquia dos fazendeiros do setor açucareiro, além de não trazer nenhum benefício aos camponeses e operários da produção agrária.

Outro ponto negociado entre o governo da Frente Ampla e o proto-imperialismo chinês é a entrega de áreas inteiras para elevar a produção eólica no país. Por míseros R$ 3 bilhões, a empresa chinesa de energia nuclear irá instalar novos aerogeradores no estado do Piauí. A notícia é preocupante principalmente para os camponeses do Piauí que, nos últimos anos, assistiram a expansão das usinas de energia eólica devastar sua produção e impactar profundamente o meio natural e suas pequenas propriedades.

Para os apologistas das particularidades do “socialismo chinês”, os negócios capitalistas internacionais realizados por Pequim com os países periféricos são “totalmente diferentes do imperialismo norte-americano”, pois se caraterizariam pela falta de “belicosidade” e “respeito a soberania das nações”. A exquerda reformista, na defesa do “imperialismo solidário”, costuma citar o fato de que a “China não possui bases militares em nenhum lugar do planeta”, ao contrário do que acontece com os EUA. O presidente Xi Jinping reforça essa linha ideológica da Social Democracia quanto afirma: “A China apoia os países na defesa de sua soberania e independência nacionais”(discurso na 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC). Entretanto o que os “multipolaristas” não dizem, é que as taxas de lucratividade capitalista das grandes corporações chinesas sobre os países semicoloniais são exatamente as mesmas das multinacionais norte-americanas, e se reproduzem com os mesmos mecanismos econômicos da acumulação do capital sobre a mais valia extraída do proletariado.

Mais além da demagogia vazia dos burocratas restauracionistas do quilate da camarilha de Xi Jinping, a China nunca forneceu um único fuzil aos guerrilheiros da heróica Resistência Palestina , e muito menos o governo do PCC jamais apoiou uma luta sequer de libertação dos povos africanos, apesar de se apropriar de muito dos recursos naturais e humanos do continente negro. Nunca ouvimos uma única palavra de Pequim quando ocorreu o golpe militar na Bolívia em 2019, apesar de explorarem economicamente quase todo o lítio do país andino. O inexistente internacionalismo proletário chinês, na verdade é um proto-imperialismo “pacífico” de bons negócios, liderado pelos falsários comunistas do PCC, que nem de longe se assemelha ao genuíno socialismo proposto por Marx e Lenin. A China “socialista” de hoje(na realidade capitalista de fato), nem chega a ser uma vaga caricatura do que foi a antiga URSS, que mesmo comandada pelo stalinismo , representava um muro real de contenção ao imperialismo, porém Xi é apenas um gerente de “segunda linha” da Governança Global do Capital Financeiro.