A economia capitalista dos EUA não conseguiria “sobreviver” se a China retirar seus fundos financeiros do Tesouro do imperialismo ianque. Se a China retirar seu enorme volume de dinheiro aplicado nos Estados Unidos hoje, o orçamento estatal norte-americano entrará em absoluto colapso. É neste contexto que “guerra tarifária” que os EUA têm travado contra a China é muito muito um arroubo das bravatas trumpistas, do que um verdadeiro confronto frontal econômico, que se fosse real poderia sim levar os dois países a uma guerra de fato. Por isso já está se delineando um “acordo” entres os dois governos, Xi e Trump, mediado é claro pelo patrão dos dois presidentes, ou seja, a Governança Global do Capital Financeiro. A China e os Estados Unidos concordaram em reduzir mutuamente as tarifas sobre os produtos um do outro, de acordo com um comunicado emitido pela Casa Branca nesta segunda-feira (12/05).
Há relatos de que Washington cortará tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto Pequim as reduzirá de 125% para 10%.”Chegamos a um acordo para uma pausa de 90 dias e reduzimos substancialmente os níveis de tarifas”, declarou o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao anunciar o “acordo”. Scott descreveu as discussões com a China como “sólidas” e declarou que “ambos os lados demonstraram grande respeito”.
O acordo foi mais longe do que muitos analistas do mercado financeiro esperavam: “Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%”, declarou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong.
Os mercados financeiro globais já reagiram positivamente ao acordo, os ativos futuros do S&P 500 subiram 2,8% e os futuros do Nasdaq 100 subiram 3,3%. Ao mesmo tempo, o Índice Hang Seng, o índice mais importante da bolsa de valores de Hong Kong, subiu 3,6%.
A “benção” do conchavo comercial entre as duas maiores economias capitalistas do planeta, obviamente foi dado pela Governança Global do Capital Financeiro, fazendo disparar os principais mercados bursáteis que estavam com baixa rentabilidade desde que Trump resolveu fazer seu “teatro” para tentar aglutinar em seu apoio político a falida burguesia industrial norte-americana.
